..."a espera, é não acontecer.
e a saudade, é tudo ser igual."
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Anestesia(da)
Hoje o dia começou cedo na minha noite
e talvez acabe tarde no meu deitar.
Hoje... hoje sente-se demasiado o cansaço.
E chove lá fora.
Enquanto eu escrevo e não durmo.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Ilusão de consumo
Quando nos dirigimos a um qualquer espaço comercial - sendo ele comércio de rua ou hipermercado - com a intenção de adquirir uma qualquer coisa que desejamos e/ou nos faz falta, a procura recai sempre num determinado corredor, numa determinada prateleira em específico,
sendo que a escolha, regra geral, nunca se traduz apenas ao conteúdo - igual em todos eles! mas sim, no pacote ou embalagem que se encontra lá mais atrás - porque menos danificado dos encontrões a que foi exposto até assumir o seu lugar devido.
Não será uma semelhança ao que se passa com as Pessoas?
Não será um desperdício de conteúdo, a mera aquisição pela aparência da embalagem?
Não será, tudo isto, uma mera ilusão de consumismo!?...
sendo que a escolha, regra geral, nunca se traduz apenas ao conteúdo - igual em todos eles! mas sim, no pacote ou embalagem que se encontra lá mais atrás - porque menos danificado dos encontrões a que foi exposto até assumir o seu lugar devido.
Não será uma semelhança ao que se passa com as Pessoas?
Não será um desperdício de conteúdo, a mera aquisição pela aparência da embalagem?
Não será, tudo isto, uma mera ilusão de consumismo!?...
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Casulos
Há dias em que os hiatos internos trazem imagens,
noutros, Pessoas;
noutros ainda, nomes; conversas tidas ou rasgadas,
escritas ou rasuradas.
Há dias, em que os hiatos trazem casulos,
concavidades cheias em lugar de espaços vazios.
noutros, Pessoas;
noutros ainda, nomes; conversas tidas ou rasgadas,
escritas ou rasuradas.
Há dias, em que os hiatos trazem casulos,
concavidades cheias em lugar de espaços vazios.
domingo, 2 de dezembro de 2012
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
2012-011
As palavras são como um código postal,
quando certas
chegam directamente onde era suposto chegar.
quando certas
chegam directamente onde era suposto chegar.
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Per-calço do dia
Ontem, carro parado no semáforo de luz vermelha, vi-te.
Olhei-te por mais tempo do que deveria.
Parecias ter 8 ou 9 anos, não mais.
As tuas expressões de miúda denunciavam-te o rosto mas não a força que parecia sair-te por todo o lado.
As tuas pernas bambeavam pela rua direita de caminho ao metro de um dos pontos da cidade e tu,
tu parecias exercer um esforço mental tremendo para que os outros não se apercebessem da tua "questão física", ainda assim, a pressa traía-te o passar despercebida - pelo menos aos meus olhos.
Da cintura para baixo havia uma fragilidade que contrastava com o movimento amplo, frio, certeiro...tipo lance de espada que fazias com a mão, como se se tratasse de uma estratégia de auto-controlo que te dizia: calma...calma... quanto mais depressa mais coxeias, mais as pernas arqueiam e impedem o movimento...calma...tu consegues...".
Não sei o teu nome nem tão pouco quem eras... mas naquele momento,
a minha vontade foi pegar-te ao colo e fazer-te andar mais depressa,
como se de repente nada se passasse e tivesses ganho asas.
Talvez gostasses da sensação. Ou não.
Não sei quem eras nem tão pouco para onde ias com tanta pressa.
E parei de olhar. Baixei o rosto.
Tive receio de te atrasar.
Olhei-te por mais tempo do que deveria.
Parecias ter 8 ou 9 anos, não mais.
As tuas expressões de miúda denunciavam-te o rosto mas não a força que parecia sair-te por todo o lado.
As tuas pernas bambeavam pela rua direita de caminho ao metro de um dos pontos da cidade e tu,
tu parecias exercer um esforço mental tremendo para que os outros não se apercebessem da tua "questão física", ainda assim, a pressa traía-te o passar despercebida - pelo menos aos meus olhos.
Da cintura para baixo havia uma fragilidade que contrastava com o movimento amplo, frio, certeiro...tipo lance de espada que fazias com a mão, como se se tratasse de uma estratégia de auto-controlo que te dizia: calma...calma... quanto mais depressa mais coxeias, mais as pernas arqueiam e impedem o movimento...calma...tu consegues...".
Não sei o teu nome nem tão pouco quem eras... mas naquele momento,
a minha vontade foi pegar-te ao colo e fazer-te andar mais depressa,
como se de repente nada se passasse e tivesses ganho asas.
Talvez gostasses da sensação. Ou não.
Não sei quem eras nem tão pouco para onde ias com tanta pressa.
E parei de olhar. Baixei o rosto.
Tive receio de te atrasar.
domingo, 25 de novembro de 2012
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Memória retrógada
Lembras-te quando ias a correr para a porta e perguntavas:
- Quem é?
...eras apenas uma criança, à espera que a felicidade te batesse à porta.
- Quem é?
...eras apenas uma criança, à espera que a felicidade te batesse à porta.
domingo, 18 de novembro de 2012
Inventariado
Consigo ver porque é que nos dias quem dê ao desbarato palmadinhas nas costas, sorrisos, superlativos, movimentos e palavras quentes a outros que se dizem conhecidos - presos noutros afazeres e ofícios;
não consigo é perceber,
porque é que tão depressa e desprevenidamente se afeiçoam
a inventar Pessoas.
não consigo é perceber,
porque é que tão depressa e desprevenidamente se afeiçoam
a inventar Pessoas.
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
(Des)catalogar
Tudo à nossa volta parece ter um nome - mesmo o que não se vê!
E se deixássemos de catalogar tudo!?
E se em vez da palavra insónia houver apenas um "não dormir" - por exaustão de uma qualquer coisa!?
Terá a noite em branco menos valor!?
E se deixássemos de catalogar tudo!?
E se em vez da palavra insónia houver apenas um "não dormir" - por exaustão de uma qualquer coisa!?
Terá a noite em branco menos valor!?
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Hanging Garden
Há dias cinza - como este - que por vezes nos levam onde não queremos ir.
Ainda assim, há pequenos gestos que nos mudam a direcção,
como uma flor pequena plantada no jardim do prato,
logo pela manhã.
Ainda assim, há pequenos gestos que nos mudam a direcção,
como uma flor pequena plantada no jardim do prato,
logo pela manhã.
terça-feira, 23 de outubro de 2012
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Ampulheta
O tempo que nos dão para perceber que a vida começa aqui e termina acolá.
A urgência.
Os pontos de luz que se projectam directamente ao olhar.
O céu curvo a querer tombar no caminho.
O tempo... esse oportunista que nos abandona no erro de pensarmos que está connosco,
quando efectivamente,
está contra nós.
A urgência.
Os pontos de luz que se projectam directamente ao olhar.
O céu curvo a querer tombar no caminho.
O tempo... esse oportunista que nos abandona no erro de pensarmos que está connosco,
quando efectivamente,
está contra nós.
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Falta de tempo, ou tempo a mais
Por vezes não temos nem um minuto.
Um minuto para encontrar a árvore que nos guarda a sombra exclusiva de um dia demasiado luminoso;
um minuto para perceber que o frio que se entranha num ápice não é humidade mas sim, o começo dos dias de chuva;
um minuto para perceber que a criança que passa e nos diz "boa tarde", nos traz um sorriso à cara marcado de meninice.
Por vezes, não temos sequer um minuto.
Já os livros, têm todo o tempo do mundo. As folhas não se alteram.
São sintetizadas a braço por quem pensa mais alto no papel, por vezes com tempo a mais.
Um minuto para encontrar a árvore que nos guarda a sombra exclusiva de um dia demasiado luminoso;
um minuto para perceber que o frio que se entranha num ápice não é humidade mas sim, o começo dos dias de chuva;
um minuto para perceber que a criança que passa e nos diz "boa tarde", nos traz um sorriso à cara marcado de meninice.
Por vezes, não temos sequer um minuto.
Já os livros, têm todo o tempo do mundo. As folhas não se alteram.
São sintetizadas a braço por quem pensa mais alto no papel, por vezes com tempo a mais.
sábado, 6 de outubro de 2012
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
1 dia, 1 hora, 1 instante, sem tempo.
Vou tentar instalar-me nesse estado incerto
mas certamente de bem-estar,
sempre tão fugitivo
mas a que muitos se atrevem a chamar
de felicidade.
mas certamente de bem-estar,
sempre tão fugitivo
mas a que muitos se atrevem a chamar
de felicidade.
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Esquizo-apatia
Ultimamente, parece haver uma esquizofrenia nos dias a invadir o que Somos,
sendo que um alguém só sente um outro alguém
quando o corpo reclama a ausência.
sendo que um alguém só sente um outro alguém
quando o corpo reclama a ausência.
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Rest(ling)
Não interessa a força com que se (nos) bate,
mas a forma como aguentamos a pancada
e seguimos em frente.
mas a forma como aguentamos a pancada
e seguimos em frente.
domingo, 23 de setembro de 2012
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Confidencial(idade)
Se traí a confiança dos que confiava,
terá sido, em parte, por defesa de desconfiança no confiar.
Ainda assim, peço desculpa a quem de merecimento do pedido,
até porque perdoar,
não permite tudo.
terá sido, em parte, por defesa de desconfiança no confiar.
Ainda assim, peço desculpa a quem de merecimento do pedido,
até porque perdoar,
não permite tudo.
sábado, 15 de setembro de 2012
Dol-u-ron forte
Confortarmo-nos com histórias laterais, evitamos o toque, há risco de contágio.
Por mais que preservemos a franqueza, passa-se o estágio da alegria esfuziante:
"Estamos bem, obrigada, embora aquém de antes" – entretanto admitimos não saber... e enquanto resta isto indefinido, mesmo com luvas e pinças de parafina, não sondamos mais, sob pena de crescer um quisto nesse incisivo sítio onde achámos, sem tacto,
Por mais que preservemos a franqueza, passa-se o estágio da alegria esfuziante:
"Estamos bem, obrigada, embora aquém de antes" – entretanto admitimos não saber... e enquanto resta isto indefinido, mesmo com luvas e pinças de parafina, não sondamos mais, sob pena de crescer um quisto nesse incisivo sítio onde achámos, sem tacto,
que menos doía.
Walking days
É nos pés que se acumula a dificuldade em (sobre)viver,
a deslocação das evidências pouco claras,
o frio dos sapatos esburacados,
a chuva enlameada de passos,
o suspiro que solta o batimento cardíaco.
É nos pés que se acumula,
o enorme peso da verticalidade.
a deslocação das evidências pouco claras,
o frio dos sapatos esburacados,
a chuva enlameada de passos,
o suspiro que solta o batimento cardíaco.
É nos pés que se acumula,
o enorme peso da verticalidade.
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
(Pres)sentimento
Tenta-se respirar a noite que chega - quase sem ar.
É firme o passo a que me atrevo na rua, quando percebo, quando pressinto,
a distância que me separa de todos os que um dia acompanhei.
É firme o passo a que me atrevo na rua, quando percebo, quando pressinto,
a distância que me separa de todos os que um dia acompanhei.
terça-feira, 11 de setembro de 2012
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
VU
Não há maior defesa da bondade do que a inquietação:
arrasa tudo o que constrói
e obriga o sangue a circular
à velocidade da respiração.
arrasa tudo o que constrói
e obriga o sangue a circular
à velocidade da respiração.
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Intervalar da palavra
As palavras nunca serão, provavelmente,
mais do que meras reminisciências
vagas
do que se sente.
mais do que meras reminisciências
vagas
do que se sente.
domingo, 26 de agosto de 2012
Perspectiva (trans)pessoal
De certa forma, os dias revestem-se de "patamares sociais" que permitem a distância entre o Eu e o Outro.
Parece que a individualidade de cada um não dita mais a Pessoa em si mas sim, a ignorância de si mesmo, a falta de conhecimento de si próprio - daí a "embalagem" passada ao exterior não ser o protótipo mas sim o genérico.
Será que cada um se apercebe disso?
Será que só vivem num alheamento disso mesmo?
Será que as Pessoas não percebem que:
eles próprios não são as roupagens que trazem mas sim,
a integridade que "vestem" (!?)
Parece que a individualidade de cada um não dita mais a Pessoa em si mas sim, a ignorância de si mesmo, a falta de conhecimento de si próprio - daí a "embalagem" passada ao exterior não ser o protótipo mas sim o genérico.
Será que cada um se apercebe disso?
Será que só vivem num alheamento disso mesmo?
Será que as Pessoas não percebem que:
eles próprios não são as roupagens que trazem mas sim,
a integridade que "vestem" (!?)
sábado, 25 de agosto de 2012
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
On the line
Há que manter a estrada sem hesitar, sem olhar para trás...
porque "o atrás" não volta e o "à frente" ainda nos espera.
porque "o atrás" não volta e o "à frente" ainda nos espera.
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Staying...somewhere outside
A leveza dos dias nem sempre se encontra...
mas faz-se,
no mais ínfimo pormenor aos olhos de quem a procura.
Sabe bem... esperar sem espera.
mas faz-se,
no mais ínfimo pormenor aos olhos de quem a procura.
Sabe bem... esperar sem espera.
sábado, 18 de agosto de 2012
Princípio da (in)certeza
Todos os dias sei uma coisa a menos.
Talvez se atribua a isto o princípio da aprendizagem.
Assumir que o que pensávamos saber, nunca chega para se saber uma determinada coisa na realidade.
Se há coisas boas no chamado "ganho de maturidade", é sem dúvida a certeza que temos nas nossas dúvidas.
(mas agora, vividas sem tanta euforia)
Talvez se atribua a isto o princípio da aprendizagem.
Assumir que o que pensávamos saber, nunca chega para se saber uma determinada coisa na realidade.
Se há coisas boas no chamado "ganho de maturidade", é sem dúvida a certeza que temos nas nossas dúvidas.
(mas agora, vividas sem tanta euforia)
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
Retalhos
Ninguém chega... e nada parece certo.
Falhaste o tempo, falhaste a palavra, a pronúncia, o corpo, a ternura do gesto;
falhaste o entendimento, a casa, a própria mudança da pele, os animais que sopravam no teu focinho molhado;
falhaste porque tudo parecia demasiado tarde.
Choras porque falhaste e não sabes bem onde. Porque já não existem brinquedos, porque há demasiadas marcas de sono, porque não querias ter coragem de chorar.
Choras na esperança de que a manhã seja a manhã de outros dias - que não em asfixia de ti.
E ninguém chega...
e nada parece suficiente para ninguém.
Falhaste o tempo, falhaste a palavra, a pronúncia, o corpo, a ternura do gesto;
falhaste o entendimento, a casa, a própria mudança da pele, os animais que sopravam no teu focinho molhado;
falhaste porque tudo parecia demasiado tarde.
Choras porque falhaste e não sabes bem onde. Porque já não existem brinquedos, porque há demasiadas marcas de sono, porque não querias ter coragem de chorar.
Choras na esperança de que a manhã seja a manhã de outros dias - que não em asfixia de ti.
E ninguém chega...
e nada parece suficiente para ninguém.
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
terça-feira, 14 de agosto de 2012
Ta-bu-Ar(-te)
Olho o tecto e conto as sílabas da noite,
alinho os traços e conto as tábuas no chão,
enquanto espero que a manhã suba as escadas.
alinho os traços e conto as tábuas no chão,
enquanto espero que a manhã suba as escadas.
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
"Porque os Outros se mascaram"
Há alturas em que nos apressamos a colocar uma máscara;
há alturas, em que parece não darmos conta de que a máscara já lá estava;
outras há, em que a tentativa de a retirar é tão somente isso mesmo, uma tentativa.
há alturas, em que parece não darmos conta de que a máscara já lá estava;
outras há, em que a tentativa de a retirar é tão somente isso mesmo, uma tentativa.
domingo, 12 de agosto de 2012
domingo, 29 de julho de 2012
Pretérito perfeito
Feliz de quem sente saudade... significa que tem algo de bom a relembrar e a transportar para o dia seguinte.
Feliz é aquele que ao fim do dia sente a fadiga do Abraço.
Feliz talvez seja quem, olhos na distância dos olhos, diz "Gosto-te" e sofre por sentir que esta palavra é ainda distância.
Feliz é aquele que ao fim do dia sente a fadiga do Abraço.
Feliz talvez seja quem, olhos na distância dos olhos, diz "Gosto-te" e sofre por sentir que esta palavra é ainda distância.
domingo, 22 de julho de 2012
sábado, 21 de julho de 2012
Candy Land
Venho de outro sítio...
Os animais eram apenas domésticos (não andavam à solta),
os corredores tinham a magia de escorregar nos tapetes,
a minha mãe tinha a voz escorregadia de manteiga fora do frigorífico,
o meu baloiço caiu e não chegou a voar,
os meus soldados vinham dentro dos chocolates,
a água saía das torneiras de cara lavada,
a minha dança era ágil e deixava sorrisos,
os miúdos da escola usavam bibes em vez de "coletes de salvação",
as minhas descobertas nasciam no frio do Jardim Botânico,
os meus comboios começavam no alinhar das cadeiras da sala,
os meus berlindes não tinham neve lá dentro,
a minha sopa fumegava letras bailarinas,
a praia sabia a pirolitos doces e bolas de berlim,
a minha noite era feita de algodão em rama - não de insónia.
Os animais eram apenas domésticos (não andavam à solta),
os corredores tinham a magia de escorregar nos tapetes,
a minha mãe tinha a voz escorregadia de manteiga fora do frigorífico,
o meu baloiço caiu e não chegou a voar,
os meus soldados vinham dentro dos chocolates,
a água saía das torneiras de cara lavada,
a minha dança era ágil e deixava sorrisos,
os miúdos da escola usavam bibes em vez de "coletes de salvação",
as minhas descobertas nasciam no frio do Jardim Botânico,
os meus comboios começavam no alinhar das cadeiras da sala,
os meus berlindes não tinham neve lá dentro,
a minha sopa fumegava letras bailarinas,
a praia sabia a pirolitos doces e bolas de berlim,
a minha noite era feita de algodão em rama - não de insónia.
terça-feira, 17 de julho de 2012
“Ensaio sobre o comprimento do silêncio”
A concentração do ritmo do silêncio traz-nos uma consciência cada vez mais visível.
Somos invadidos por uma incursão informativa constante, que nos leva a interrogações e a uma vontade crescente de entender mais e melhor a forma como o Homem se "mexe" por aqui (...)
Já não basta viajar, embora seja esta uma das melhores formas de nos expormos a um grande número de experiências. À nossa volta pedem-nos, permanentemente, para respirarmos e focar-mo-nos no que está a acontecer, para que seja possível o dissipar de toda e qualquer ilusão da nossa percepção.
O tempo que guardamos para nós, o silêncio voluntário, um minuto de..., um olhar sobre...
tornam possível a compreensão desse "ritmo",
aquele que se ouve em tudo o que experimentamos.
Somos invadidos por uma incursão informativa constante, que nos leva a interrogações e a uma vontade crescente de entender mais e melhor a forma como o Homem se "mexe" por aqui (...)
Já não basta viajar, embora seja esta uma das melhores formas de nos expormos a um grande número de experiências. À nossa volta pedem-nos, permanentemente, para respirarmos e focar-mo-nos no que está a acontecer, para que seja possível o dissipar de toda e qualquer ilusão da nossa percepção.
O tempo que guardamos para nós, o silêncio voluntário, um minuto de..., um olhar sobre...
tornam possível a compreensão desse "ritmo",
aquele que se ouve em tudo o que experimentamos.
segunda-feira, 16 de julho de 2012
PalavreAR(-TE)
Se hoje separo palavras,
é porque talvez sempre tenha tentado acrescentar
uma qualquer outra coisa.
é porque talvez sempre tenha tentado acrescentar
uma qualquer outra coisa.
terça-feira, 10 de julho de 2012
Never letters
Escrevia textos em "segredo". Não porque tivesse medo ou vergonha de os mostrar mas porque não havia ninguém com vontade de os ler.
Cantava em surdina. Não porque tivesse o silêncio na voz mas porque a mesma se silenciava na presença de outros.
Dançava de luzes apagadas. Não para poupar movimentos mas para os sentir de olhos fechados.
A minha "expressão" era o que era, é o que é.
Uma forma tranquila de me ler e perceber,
uma forma de "crescer",
uma certeza.
Cantava em surdina. Não porque tivesse o silêncio na voz mas porque a mesma se silenciava na presença de outros.
Dançava de luzes apagadas. Não para poupar movimentos mas para os sentir de olhos fechados.
A minha "expressão" era o que era, é o que é.
Uma forma tranquila de me ler e perceber,
uma forma de "crescer",
uma certeza.
domingo, 8 de julho de 2012
quinta-feira, 5 de julho de 2012
sábado, 30 de junho de 2012
Pendência dos sonhos
Há dias em que ao acordar de manhã - sim, também há quem acorde a outras horas que não de manhã - trazemos connosco um rasgo da noite. A chamada: "pendência do sonho".
Nessa estranheza ou desafio de tentarmos à força relembrarmo-nos da sequência do mesmo, há por vezes a sensação de apanharmos o fio à meada, ainda que esse novelo não nos faça falta para nada!
Hoje a noite deixou-me uma frase pendente
cuja sequência das palavras nem sempre dependem umas das outras...
hoje na almofada lia-se:
We are all the days, that we choose NOT to ignore.
Nessa estranheza ou desafio de tentarmos à força relembrarmo-nos da sequência do mesmo, há por vezes a sensação de apanharmos o fio à meada, ainda que esse novelo não nos faça falta para nada!
Hoje a noite deixou-me uma frase pendente
cuja sequência das palavras nem sempre dependem umas das outras...
hoje na almofada lia-se:
We are all the days, that we choose NOT to ignore.
terça-feira, 26 de junho de 2012
quinta-feira, 21 de junho de 2012
(Im)próprio para Consumo
Não vale de muito o amanhã para dizer o Hoje...
porque até a validade das palavras tem um prazo.
porque até a validade das palavras tem um prazo.
quarta-feira, 20 de junho de 2012
terça-feira, 19 de junho de 2012
Somewhere like home
Quem a conheceu, sabia-a uma criança-adolescente.
Eu, que tive o enorme privilégio de a conhecer e "trazer" ao perto nos dias,
sabia-a, como a criança mais adulta de sempre.
Vou ter saudades.
I only hope, that you'll find the way home.
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Crescimento antecipado
Era uma criança mas não o sabia;
era criança mas não teve tempo
e só hoje compreende, da forma mais explícita,
o que foi ser criança
nos tempos em que foi criança.
era criança mas não teve tempo
e só hoje compreende, da forma mais explícita,
o que foi ser criança
nos tempos em que foi criança.
domingo, 17 de junho de 2012
Pedaços de memória
Sempre fui uma "guardadora" de papéis e pequenos objectos.
Poupo-vos à enumeração dos mesmos - aqueles, meus, arrumados numa certa ordem.
Eram pequenos órfãos que recolhia com a mesma sede com que recolhia as histórias que tinham.
Aliás, creio que era por isso mesmo que os guardava.
Objectos pobres.
Pedaços concretos de memória, desarrumados...
mas numa certa ordem.
Poupo-vos à enumeração dos mesmos - aqueles, meus, arrumados numa certa ordem.
Eram pequenos órfãos que recolhia com a mesma sede com que recolhia as histórias que tinham.
Aliás, creio que era por isso mesmo que os guardava.
Objectos pobres.
Pedaços concretos de memória, desarrumados...
mas numa certa ordem.
quinta-feira, 14 de junho de 2012
(In)side out
Uma casa em silêncio, num todo se assemelha ao interior de nós próprios:
vários compartimentos ocupados por objectos,
cuja densidade ou volume nem sempre são sinónimos de utilidade.
vários compartimentos ocupados por objectos,
cuja densidade ou volume nem sempre são sinónimos de utilidade.
terça-feira, 12 de junho de 2012
segunda-feira, 11 de junho de 2012
Enquanto ninguém olha
Fazem-se simpatias pelos dias à maneira de cores que vão entrando pela porta da rua.
Cores que afinal são pessoas que prometem tudo, incluindo cinismo e gestos falsos...
Gente... gente nua de roupa vestida,
que passam por tudo menos despercebidas.
Cores que afinal são pessoas que prometem tudo, incluindo cinismo e gestos falsos...
Gente... gente nua de roupa vestida,
que passam por tudo menos despercebidas.
domingo, 10 de junho de 2012
quinta-feira, 7 de junho de 2012
(Eye)line
Nem todos os caminhos nos conduzem a "casa", ainda assim,
por vezes deparamo-nos com direcções que não pensávamos cruzar ou que viessem a ser nossas.
Pode ser que esse seja o mistério dos cruzamentos,
o de escolher seguir em frente de olhos fechados
e ainda assim abertos, para que não nos atropelem.
por vezes deparamo-nos com direcções que não pensávamos cruzar ou que viessem a ser nossas.
Pode ser que esse seja o mistério dos cruzamentos,
o de escolher seguir em frente de olhos fechados
e ainda assim abertos, para que não nos atropelem.
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Um passo à frente
Se houver um "destino"
parece que por vezes nos fita, nos olha de longe ao perto.
Parece até que nos conhece melhor do que nós próprios a ele;
parece que a haver uma direcção da nossa parte, ainda que tentando "fugir" a algo ou enfrentando algo, está sempre conhecedor do que nos espera.
Quantas vezes passamos num determinado sítio sem saber que eventualmente, um dia mais tarde esse vai ser o nosso sítio;
quantas vezes passamos por um Alguém sem saber que eventualmente, um dia mais tarde vai ser esse o Alguém que...
quantas vezes tentamos fitar os dias, dizer-lhes que "não é por aí..." e ainda assim quando damos conta já lá estamos.
Se houver um "destino",
parece-me, a mim, que anda sempre um passo à frente. Do nosso.
parece que por vezes nos fita, nos olha de longe ao perto.
Parece até que nos conhece melhor do que nós próprios a ele;
parece que a haver uma direcção da nossa parte, ainda que tentando "fugir" a algo ou enfrentando algo, está sempre conhecedor do que nos espera.
Quantas vezes passamos num determinado sítio sem saber que eventualmente, um dia mais tarde esse vai ser o nosso sítio;
quantas vezes passamos por um Alguém sem saber que eventualmente, um dia mais tarde vai ser esse o Alguém que...
quantas vezes tentamos fitar os dias, dizer-lhes que "não é por aí..." e ainda assim quando damos conta já lá estamos.
Se houver um "destino",
parece-me, a mim, que anda sempre um passo à frente. Do nosso.
terça-feira, 29 de maio de 2012
Jogo do Galo
...tal como o jogo do galo, os dias são uma série de probabilidades
onde a possibilidade de ganhar, perder ou permanecer na mesma, me parece uma casualidade por vezes sem causa justa.
Ainda assim jogamos o jogo, ainda assim arriscamos, ainda assim,
colocamos cruzes - até nos sítios mais improváveis.
Tal como o jogo do galo,
um dia em branco é um impasse, na certeza de uma resposta.
sábado, 26 de maio de 2012
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Default Lines
Os dias parecem trazer com eles uma linha condutora (ou não);
parecem ter um fio no intervalo das horas, dos minutos que voam que nem segundos
e que nos obrigam a seguir um rumo, a fazer escolhas, a tomar decisões (que por vezes parecem já ter sido tomadas por um outro "alguém", que não nós);
os dias parecem números que correm a uma velocidade sem velocímetro,
parecem notas de pauta,
teclas que oscilam, entre o Delete e o Enter.
parecem ter um fio no intervalo das horas, dos minutos que voam que nem segundos
e que nos obrigam a seguir um rumo, a fazer escolhas, a tomar decisões (que por vezes parecem já ter sido tomadas por um outro "alguém", que não nós);
os dias parecem números que correm a uma velocidade sem velocímetro,
parecem notas de pauta,
teclas que oscilam, entre o Delete e o Enter.
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Testes de Inteligência
Para quê tanta necessidade de cotação ou avaliação quantitativa
se não a aplicarmos de forma qualitativa!?...
(há quem ainda teime em ser um número concreto... e não, uma Pessoa real)
se não a aplicarmos de forma qualitativa!?...
(há quem ainda teime em ser um número concreto... e não, uma Pessoa real)
sábado, 19 de maio de 2012
(Re)turn
...Agora que o vento deixou as folhas arrumadas
a saudade acordou.
Voltando como voltam as manhãs todos os dias.
a saudade acordou.
Voltando como voltam as manhãs todos os dias.
quinta-feira, 17 de maio de 2012
(i)limitação do verbo sonhar
...há tempos atrás, talvez fossemos um sonho ilimitado - típico de crianças;
Hoje, em adultos,
talvez sejamos a limitação do sonho que em tempos julgámos, ser num todo possível.
quarta-feira, 16 de maio de 2012
"Micro"biologia
Constata-se ao longo dos dias, que em ou para Alguns,
o cérebro humano é sem sombra de dúvida,
um amontoado de químicos com a mania da grandeza.
o cérebro humano é sem sombra de dúvida,
um amontoado de químicos com a mania da grandeza.
sábado, 12 de maio de 2012
terça-feira, 8 de maio de 2012
Agasalho dos dias
Há dias pesados que se assemelham a cobertores de papa - aquecem pela densidade que têm, não pelo conforto;
Outros há, em que os mesmos se substituem por mantas de retalhos - aquelas, leves...
cujas reentrâncias nem sempre confortam um corpo frio.
Outros há, em que os mesmos se substituem por mantas de retalhos - aquelas, leves...
cujas reentrâncias nem sempre confortam um corpo frio.
sábado, 5 de maio de 2012
domingo, 29 de abril de 2012
Oásis para além da realidade
Desde pequena que gosto de olhar para as janelas iluminadas das casas.
Quando pensativa ou enfastiada, olhava-as... e pareciam-me pequenos oásis de felicidade que gostaria de VER numa maior proximidade.
O desejo talvez partisse de uma mera curiosidade ou de algo que penso que grande parte das Pessoas já experimentou: o desejo de se ser um outro, de trocar de vida, de partir para um outro "destino" longínquo que se imagina "perfeito" ou simplesmente diferente - julgando que assim vamos ser felizes porque a felicidade, achamos, parece estar sempre onde não estamos.
E se conseguirmos?
E se efectivamente chegarmos a esse "oásis" com que sonhávamos, ou passarmos a viver a vida desse Outro que achávamos feliz, seremos igualmente?
Será que passamos a ser ele? Ou somos ainda nós?
No fim de tudo isto, o que é que nos faz ser nós?
Valerá a pena sermos um Outro que não nós?
Afinal, as vidas "perfeitas" poderão apenas sê-lo quando vistas de fora.
Ao perto, por vezes, nada é o que parece.
Quando pensativa ou enfastiada, olhava-as... e pareciam-me pequenos oásis de felicidade que gostaria de VER numa maior proximidade.
O desejo talvez partisse de uma mera curiosidade ou de algo que penso que grande parte das Pessoas já experimentou: o desejo de se ser um outro, de trocar de vida, de partir para um outro "destino" longínquo que se imagina "perfeito" ou simplesmente diferente - julgando que assim vamos ser felizes porque a felicidade, achamos, parece estar sempre onde não estamos.
E se conseguirmos?
E se efectivamente chegarmos a esse "oásis" com que sonhávamos, ou passarmos a viver a vida desse Outro que achávamos feliz, seremos igualmente?
Será que passamos a ser ele? Ou somos ainda nós?
No fim de tudo isto, o que é que nos faz ser nós?
Valerá a pena sermos um Outro que não nós?
Afinal, as vidas "perfeitas" poderão apenas sê-lo quando vistas de fora.
Ao perto, por vezes, nada é o que parece.
terça-feira, 24 de abril de 2012
Olhar com olhos de VER
Ao perguntar às Pessoas o que é que efetivamente procuram,
a resposta surge sempre da forma mais simples: "Ser Feliz!"
...
Talvez seja então a (demasiada) expectativa, o motivo para não a alcançarem.
a resposta surge sempre da forma mais simples: "Ser Feliz!"
...
Talvez seja então a (demasiada) expectativa, o motivo para não a alcançarem.
domingo, 22 de abril de 2012
Em Dia que se diz: da "Terra"
... que cor damos ao ar, que sabor tem a água, as pequenas coisas, as pessoas, o nome dos outros sobre nós inscrito...
O encantamento mais profundo vive longe, no (re)canto secreto da vida.
Talvez seja preciso (re)descobri-lo lentamente,
deixá-lo sair, transportá-lo ao colo como aquilo que é frágil,
uma vez que todos os momentos quando bem vistos, têm tudo ou quase tudo,
do que precisamos para se estar bem.
sexta-feira, 20 de abril de 2012
"Mundial Confiança"
Há muito que as relações cúmplices são cobiçadas;
há muito que o espaço de uns vira "território" de outros;
há muito que os valores morais não são um bem de todos;
tornando-se a cobardia, um meio que a muitos assiste.
há muito que o espaço de uns vira "território" de outros;
há muito que os valores morais não são um bem de todos;
tornando-se a cobardia, um meio que a muitos assiste.
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Solidários até à Medula
Hoje...
Dia em que qualquer um pode pensar mais "fora" - fora de si mesmo - e dar sangue.
Não implica um custo.
Não implica dor.
Mas sim, pode mesmo assegurar uma Vida.
(aquela... a que muitos se agarram, enquanto outros a desperdiçam)
Dia em que qualquer um pode pensar mais "fora" - fora de si mesmo - e dar sangue.
Não implica um custo.
Não implica dor.
Mas sim, pode mesmo assegurar uma Vida.
(aquela... a que muitos se agarram, enquanto outros a desperdiçam)
terça-feira, 17 de abril de 2012
(Ir)realidade
Criar,
não é mera imaginação.
É correr o grande risco de se ter a realidade.
(mesmo que irreal)
não é mera imaginação.
É correr o grande risco de se ter a realidade.
(mesmo que irreal)
segunda-feira, 9 de abril de 2012
Ideo(lógica)
As ideias são comparáveis a uma explosão de gás (!?)
No momento em que se tornam claras, chegam de lado nenhum - mas deverá certamente existir uma construção de experiências que crie as condições para que nasçam,
porque nada é completamente espontâneo,
nem Deus.
No momento em que se tornam claras, chegam de lado nenhum - mas deverá certamente existir uma construção de experiências que crie as condições para que nasçam,
porque nada é completamente espontâneo,
nem Deus.
sexta-feira, 6 de abril de 2012
quinta-feira, 5 de abril de 2012
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Once in a life time
Há quem diga que se vive várias vidas;
há quem diga que só se vive uma vez.
A minha sensatez diz-me tão somente para se Viver em Vida
e de preferência, que seja gerida e digerida com "sensibilidade" inteligível...
E não, Não me refiro à "esperteza", porque essa, muitos são os que a têm em demasia...
e de que nada lhes vale, a não ser quando a (re)utilizam com a sensatez inteligente.
há quem diga que só se vive uma vez.
A minha sensatez diz-me tão somente para se Viver em Vida
e de preferência, que seja gerida e digerida com "sensibilidade" inteligível...
E não, Não me refiro à "esperteza", porque essa, muitos são os que a têm em demasia...
e de que nada lhes vale, a não ser quando a (re)utilizam com a sensatez inteligente.
terça-feira, 3 de abril de 2012
segunda-feira, 2 de abril de 2012
quarta-feira, 28 de março de 2012
It must be
Por vezes o que somos depende apenas da nossa vontade;
por vezes, o que somos, é o fazemos da vida que levamos ignorando o que ela é.
Talvez a vontade seja mais decisiva do que o destino...
Deve ser assim.
Tem de ser assim.
por vezes, o que somos, é o fazemos da vida que levamos ignorando o que ela é.
Talvez a vontade seja mais decisiva do que o destino...
Deve ser assim.
Tem de ser assim.
segunda-feira, 26 de março de 2012
domingo, 25 de março de 2012
Missing hour
Muda-se a hora, muda-se o dia mas não se altera o tempo nem o que com ele advém.
Uma hora a menos na noite, uma hora a menos de sono - ou não - o que talvez não faça assim tanta diferença a quem pouco dorme.
Awake...
Teremos assim tanto o "direito" de nos "acordarmos" uns aos outros?
Muda-se a hora, muda-se o dia...
e a quem o queira reclamar,
que se (im)ponha ao direito.
(porque não será certamente um dever)
Uma hora a menos na noite, uma hora a menos de sono - ou não - o que talvez não faça assim tanta diferença a quem pouco dorme.
Awake...
Teremos assim tanto o "direito" de nos "acordarmos" uns aos outros?
Muda-se a hora, muda-se o dia...
e a quem o queira reclamar,
que se (im)ponha ao direito.
(porque não será certamente um dever)
quarta-feira, 21 de março de 2012
sexta-feira, 16 de março de 2012
Lucidez
Estou lúcida,
como se soubesse toda a verdade - a minha e a dos Outros
mas simultâneamente cansada por viver o real de mim mesma e a ilusão de quem me procura.
A sensação que têm, dizem, é de que tudo é um sonho... mas para mim, tudo é real "cá dentro".
E por vezes, acordo sem saber onde pôr os pés no chão:
se no lado onde estou,
se naquilo que faço
se naquilo que penso
se naquilo que Sou.
como se soubesse toda a verdade - a minha e a dos Outros
mas simultâneamente cansada por viver o real de mim mesma e a ilusão de quem me procura.
A sensação que têm, dizem, é de que tudo é um sonho... mas para mim, tudo é real "cá dentro".
E por vezes, acordo sem saber onde pôr os pés no chão:
se no lado onde estou,
se naquilo que faço
se naquilo que penso
se naquilo que Sou.
quinta-feira, 15 de março de 2012
Auto-estrada dos dias
Depois de algum tempo, aprendemos a diferença entre o dar a mão e o pedirem-nos o braço.
Acabamos por aceitar as derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante,
com a graça de uma criança e não com a tristeza de um adulto;
aprende-se a construir todas as estradas de hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos e o futuro tem o costume de cair em vão.
Por isso decorem os dias como puderem, ao invés de esperarem que alguém vos traga flores.
Acabamos por aceitar as derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante,
com a graça de uma criança e não com a tristeza de um adulto;
aprende-se a construir todas as estradas de hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos e o futuro tem o costume de cair em vão.
Por isso decorem os dias como puderem, ao invés de esperarem que alguém vos traga flores.
quarta-feira, 14 de março de 2012
segunda-feira, 12 de março de 2012
Corrupção dos sentidos
Todos começamos por ter "coisas",
demasiadas coisas à nossa volta.
Porém, muitos são os "falidos".
Não por questões monetárias ou por terem perdido algo...
mas por nunca terem tido, algo "dentro".
demasiadas coisas à nossa volta.
Porém, muitos são os "falidos".
Não por questões monetárias ou por terem perdido algo...
mas por nunca terem tido, algo "dentro".
sexta-feira, 9 de março de 2012
sábado, 3 de março de 2012
(An)danças dos dias
...por mais voltas que dê,
por mais que esteja "sempre lá para"...
por mais que tente desapertar o "cinto do confiar em..." para um qualquer dos furos anteriores,
por mais que...
ainda assim, Sou claramente
o lugar mais seguro que conheço.
por mais que esteja "sempre lá para"...
por mais que tente desapertar o "cinto do confiar em..." para um qualquer dos furos anteriores,
por mais que...
ainda assim, Sou claramente
o lugar mais seguro que conheço.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
sábado, 25 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Multiplicidade do verbo Haver
Por vezes,
no meio da "distância" há cuidados mil...
há a fuga
há o evitar ficar-se "só"
há palavras dispersas
há ainda a necessidade de se convidar para sair.
Por vezes,
há tanto e nada há...
e fica-se sem saber
onde nos encontramos no meio de tudo isto.
no meio da "distância" há cuidados mil...
há a fuga
há o evitar ficar-se "só"
há palavras dispersas
há ainda a necessidade de se convidar para sair.
Por vezes,
há tanto e nada há...
e fica-se sem saber
onde nos encontramos no meio de tudo isto.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
A Vida a mil
Ainda que a mil, há garantidamente um "valer a pena"...
Aproveitem a correria para parar e perceber a dor nos músculos, o rubor da cara, a respiração ofegante, a dormência das pernas bambas e só depois, caso necessário, desatem novamente o passo.
E ainda que ponderem não ter uma vida,Vivam-na!
porque um dia,
um dia será de vez.
Aproveitem a correria para parar e perceber a dor nos músculos, o rubor da cara, a respiração ofegante, a dormência das pernas bambas e só depois, caso necessário, desatem novamente o passo.
E ainda que ponderem não ter uma vida,Vivam-na!
porque um dia,
um dia será de vez.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Pontuação
As reticências... são tudo...
podem ser uma pausa
ou um momento para pensar;
podem significar algo mais que ficou por dizer...
pode ser um silêncio... e o silêncio diz tanto...
são um momento connosco próprios
são aquilo que merecer ser interpretado.
As reticências são tudo...
são um pedaço de mim que passa a ser de um Outro.
podem ser uma pausa
ou um momento para pensar;
podem significar algo mais que ficou por dizer...
pode ser um silêncio... e o silêncio diz tanto...
são um momento connosco próprios
são aquilo que merecer ser interpretado.
As reticências são tudo...
são um pedaço de mim que passa a ser de um Outro.
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Apontamentos pessoais
...estou sempre nos recantos... onde por vezes nem seria suposto estar;
mas hoje, hoje leio as linhas do(s) olhar(es),
como nunca ninguém me leu as linhas da mão.
mas hoje, hoje leio as linhas do(s) olhar(es),
como nunca ninguém me leu as linhas da mão.
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
domingo, 19 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Sondagem incisiva
Confortamo-nos com histórias laterais, evitamos o toque - há risco de contágio;
por mais que se preserve a franqueza, já passou o estágio da frontal alegria:
"estamos bem, obrigada! embora aquém do antes!"...
entretanto admitimos não saber, e enquanto resta isto indefinido, mesmo com luvas, pinças de parafina, não sondamos mais, sob pena de crescer um quisto nesse incisivo sítio
onde achámos sem tacto, que menos doía.
por mais que se preserve a franqueza, já passou o estágio da frontal alegria:
"estamos bem, obrigada! embora aquém do antes!"...
entretanto admitimos não saber, e enquanto resta isto indefinido, mesmo com luvas, pinças de parafina, não sondamos mais, sob pena de crescer um quisto nesse incisivo sítio
onde achámos sem tacto, que menos doía.
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Corpo (dor)mente
Na azáfama desta manhã "urgente",
o toque intermitente, a luz de presença, as conversas em tom de segredo - sussurradas no corredor da noite insone...
Tudo em contraste com a minha rigidez postural, quase (in)capaz de delinear por palavras o meu diálogo mental, dada a dormência dos dedos da minha mão.
Olho os silêncios, sinto os olhares, leio as conversas...
e embora não perceba bem "onde estou",
sei ao menos o que AINDA tenho a fazer.
o toque intermitente, a luz de presença, as conversas em tom de segredo - sussurradas no corredor da noite insone...
Tudo em contraste com a minha rigidez postural, quase (in)capaz de delinear por palavras o meu diálogo mental, dada a dormência dos dedos da minha mão.
Olho os silêncios, sinto os olhares, leio as conversas...
e embora não perceba bem "onde estou",
sei ao menos o que AINDA tenho a fazer.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Mapas do Tesouro
A fotografia em que a família se juntava, de pé, junto ao portão da casa velha.
As cartas manchadas pelo tempo, que o avô enviara à avó.
O mapa do tesouro, encontrado debaixo do colchão, rabiscado pelo pai quando tinha 5 anos de idade...
Há pedaços da nossa história que queremos guardar para sempre.
Resgatá-los do tempo e torná-los mais longos...
mais longos do que a própria vida.
As cartas manchadas pelo tempo, que o avô enviara à avó.
O mapa do tesouro, encontrado debaixo do colchão, rabiscado pelo pai quando tinha 5 anos de idade...
Há pedaços da nossa história que queremos guardar para sempre.
Resgatá-los do tempo e torná-los mais longos...
mais longos do que a própria vida.
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Horizontalidade da escrita
Porque "quase" todas as palavras retiradas dos bolsos - ontem,
hoje vejo-me sem elas.
hoje vejo-me sem elas.
sábado, 11 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Binómio Eu-Outros
Vive-se hoje uma espécie de insatisfação crónica instalada.
Colocam-se fasquias cada vez mais ambiciosas e, por vezes, pouco realistas.. Neste processo, passa-se a incluir os outros à volta, culpando-os por não se ter alcançado o que se desejava.
Esquecemos que nós próprios fazemos parte do binómio eu-outros e como tal, esquecemo-nos igualmente que as causas da insatisfação devem ser procuradas 1º em nós, não no outro.
Numa metáfora consumista, trata-se do "mercado da personalidade".
Sempre que deixamos de gostar de um produto ou de um serviço, na origem do (des)gosto estão geralmente, não as caracteristicas do produto ou serviço em si mas as ideias, necessidades e desejos - que mudaram entretanto.
Em "posse do Outro", as Pessoas quebram o isolamento, a separação e a solidão (de que fogem) e com isso, o mundo exterior parece-lhes garantidamente mais "seguro". No entanto, esta regra nunca me pareceu a forma correcta de tratar um "equilíbrio emocional", talvez porque me soa à priori, que o dito "equilíbrio" provém assim de Alguém ou algo externo a nós - e como tal, se o Outro muda, se deixa de... ou passa a... perdemos o pé, o chão, tiram-nos o tapete.
E no meio de todo este binómio instalado, o que grande parte não enxerga mesmo,
é que a resolução da maior parte dos problemas do Eu, passa tão somente por conseguir SER aquilo que respeita a cada um de nós ser,
aqui e agora.
Colocam-se fasquias cada vez mais ambiciosas e, por vezes, pouco realistas.. Neste processo, passa-se a incluir os outros à volta, culpando-os por não se ter alcançado o que se desejava.
Esquecemos que nós próprios fazemos parte do binómio eu-outros e como tal, esquecemo-nos igualmente que as causas da insatisfação devem ser procuradas 1º em nós, não no outro.
Numa metáfora consumista, trata-se do "mercado da personalidade".
Sempre que deixamos de gostar de um produto ou de um serviço, na origem do (des)gosto estão geralmente, não as caracteristicas do produto ou serviço em si mas as ideias, necessidades e desejos - que mudaram entretanto.
Em "posse do Outro", as Pessoas quebram o isolamento, a separação e a solidão (de que fogem) e com isso, o mundo exterior parece-lhes garantidamente mais "seguro". No entanto, esta regra nunca me pareceu a forma correcta de tratar um "equilíbrio emocional", talvez porque me soa à priori, que o dito "equilíbrio" provém assim de Alguém ou algo externo a nós - e como tal, se o Outro muda, se deixa de... ou passa a... perdemos o pé, o chão, tiram-nos o tapete.
E no meio de todo este binómio instalado, o que grande parte não enxerga mesmo,
é que a resolução da maior parte dos problemas do Eu, passa tão somente por conseguir SER aquilo que respeita a cada um de nós ser,
aqui e agora.
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
domingo, 5 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Fotografia em branco
Vejo, com a nitidez de quem costuma fotografar:
a cabeça pousada na mão direita, um cigarro preso aos dedos, o olhar perdido em quase nada.
Olho...
como se estivesse à frente de tudo isto,
em que o olhar apaga o tempo e a distância - desfocando a imagem,
como se o fumo do cigarro envolvesse o rosto e trouxesse de volta,
tudo o que o vento dissipa.
a cabeça pousada na mão direita, um cigarro preso aos dedos, o olhar perdido em quase nada.
Olho...
como se estivesse à frente de tudo isto,
em que o olhar apaga o tempo e a distância - desfocando a imagem,
como se o fumo do cigarro envolvesse o rosto e trouxesse de volta,
tudo o que o vento dissipa.
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Zoom in, zoom out
De súbito, era corpo.
de longe, era esfinge.
de perto,
é a cicatriz varada da fala.
de longe, era esfinge.
de perto,
é a cicatriz varada da fala.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
The noise of the years
Por vezes baralhados com ruídos ruidosamente ruminantes...
por vezes confusos no meio de tanto pensar,
por vezes à procura do que se pensava ter-se perdido
quando afinal,
sempre esteve "ali ao lado".
por vezes confusos no meio de tanto pensar,
por vezes à procura do que se pensava ter-se perdido
quando afinal,
sempre esteve "ali ao lado".
domingo, 22 de janeiro de 2012
You Are
You are there, nothing else shows.
but you, wearing a smile and waiting... for the truth to be achieved.
yes, you are there
but nobody listens to you
nobody cares who you are, what you do.
in the deception you create all around you
and no one seems to care, or to notice.
You are what you are, you are what you see, you are what you trust, you are what you find.
at the end of the day that are some shadows that dim away...
not wanting to be seen, not wanting to be heard, unnoticed you are, untouched, untouchable.
and yet, you foresee the future that the next day has reserved.
For you, You are.
you see
no one
but you
undisputedly
undoubtedly
you are
You.
but you, wearing a smile and waiting... for the truth to be achieved.
yes, you are there
but nobody listens to you
nobody cares who you are, what you do.
in the deception you create all around you
and no one seems to care, or to notice.
You are what you are, you are what you see, you are what you trust, you are what you find.
at the end of the day that are some shadows that dim away...
not wanting to be seen, not wanting to be heard, unnoticed you are, untouched, untouchable.
and yet, you foresee the future that the next day has reserved.
For you, You are.
you see
no one
but you
undisputedly
undoubtedly
you are
You.
sábado, 21 de janeiro de 2012
(Des)armada
Agarro o dia na esperança de rever um outro;
visto-me de hipérboles como quem espera as palavras e dispo-me delas para me vestir no olhar que me foge, que me aplana, que desfigura o vocabulário que não ouso usar,
que me desarma no preciso momento em que baixo as "defesas"...
e declino-me,
à espera que a palavra surja
que o momento se dê
no segundo que não acontece.
visto-me de hipérboles como quem espera as palavras e dispo-me delas para me vestir no olhar que me foge, que me aplana, que desfigura o vocabulário que não ouso usar,
que me desarma no preciso momento em que baixo as "defesas"...
e declino-me,
à espera que a palavra surja
que o momento se dê
no segundo que não acontece.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Um frasco meio cheio
Pego num pedaço de silêncio.
Parto-o ao meio e de lá de dentro vejo sair as palavras que ficaram por dizer.
Umas, meto-as num frasco; outras, guardo-as na memória para um dia as dizer a quem perguntar o que significam.
...o silêncio de onde as palavras saíram volta a espalhar-se... e bebo um trago da memória;
e tiro da cabeça as outras palavras que lá ficaram,
até o ruído desaparecer e ficar só o silêncio,
inteiro,
sem nada por dentro.
Parto-o ao meio e de lá de dentro vejo sair as palavras que ficaram por dizer.
Umas, meto-as num frasco; outras, guardo-as na memória para um dia as dizer a quem perguntar o que significam.
...o silêncio de onde as palavras saíram volta a espalhar-se... e bebo um trago da memória;
e tiro da cabeça as outras palavras que lá ficaram,
até o ruído desaparecer e ficar só o silêncio,
inteiro,
sem nada por dentro.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
(Des)ilusão
Feliz aquele que administra sabiamente a desilusão
e aprende a reparti-la pelos dias.
(seguindo em frente)
e aprende a reparti-la pelos dias.
(seguindo em frente)
sábado, 14 de janeiro de 2012
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Ressonância
Na trivialidade dos dias
respira-se o que outros pensam
inspira-se o que outros dizem
expira-se o que neles se cala.
respira-se o que outros pensam
inspira-se o que outros dizem
expira-se o que neles se cala.
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Presença volátil
...enquanto levava uma garfada à boca, hoje, na minha escassa hora de almoço,
reparava que todos falam entre si
mas ninguém se olha...
e poucos são os que se ouvem.
reparava que todos falam entre si
mas ninguém se olha...
e poucos são os que se ouvem.
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Where is my...?
Onde está o pulsar?
bastará o querer?
o desejar não desejar mais mas ansiar ainda.
Para onde esta pele cansada
este pairar de sempre
para onde?
Onde está o meu corpo?
bastará o querer?
o desejar não desejar mais mas ansiar ainda.
Para onde esta pele cansada
este pairar de sempre
para onde?
Onde está o meu corpo?
domingo, 8 de janeiro de 2012
sábado, 7 de janeiro de 2012
Frase do dia
...a frase que me ficou, hoje, na partilha de um Alguém que me "procurou":
"As miúdas rijas, aguentam o choque".
"As miúdas rijas, aguentam o choque".
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
(Dens)idade
...famílias densas noutros tempos,
que agora se limitam a sobreviver dentro do "destino" que lhes coube.
Uns resistem e esbracejam, lutam e não se conformam
outros deixam cair os braços
e desistem.
"De-sis-tir"...
palavra que nunca me soou
nem sequer a possibilidade.
que agora se limitam a sobreviver dentro do "destino" que lhes coube.
Uns resistem e esbracejam, lutam e não se conformam
outros deixam cair os braços
e desistem.
"De-sis-tir"...
palavra que nunca me soou
nem sequer a possibilidade.
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Vidas em espera
Há Vidas assim,
quase (in)tocáveis, quase (in)confundíveis nos meandros dos dias, nos recantos da pele - que se contorce, que aguarda, que plana - sempre da mesma forma, sempre com a mesma serenidade,
quase sempre com a mesma espera,
a de se poder morar em Alguém.
quase (in)tocáveis, quase (in)confundíveis nos meandros dos dias, nos recantos da pele - que se contorce, que aguarda, que plana - sempre da mesma forma, sempre com a mesma serenidade,
quase sempre com a mesma espera,
a de se poder morar em Alguém.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Subscrever:
Mensagens (Atom)