Vive-se hoje uma espécie de insatisfação crónica instalada.
Colocam-se fasquias cada vez mais ambiciosas e, por vezes, pouco realistas.. Neste processo, passa-se a incluir os outros à volta, culpando-os por não se ter alcançado o que se desejava.
Esquecemos que nós próprios fazemos parte do binómio eu-outros e como tal, esquecemo-nos igualmente que as causas da insatisfação devem ser procuradas 1º em nós, não no outro.
Numa metáfora consumista, trata-se do "mercado da personalidade".
Sempre que deixamos de gostar de um produto ou de um serviço, na origem do (des)gosto estão geralmente, não as caracteristicas do produto ou serviço em si mas as ideias, necessidades e desejos - que mudaram entretanto.
Em "posse do Outro", as Pessoas quebram o isolamento, a separação e a solidão (de que fogem) e com isso, o mundo exterior parece-lhes garantidamente mais "seguro". No entanto, esta regra nunca me pareceu a forma correcta de tratar um "equilíbrio emocional", talvez porque me soa à priori, que o dito "equilíbrio" provém assim de Alguém ou algo externo a nós - e como tal, se o Outro muda, se deixa de... ou passa a... perdemos o pé, o chão, tiram-nos o tapete.
E no meio de todo este binómio instalado, o que grande parte não enxerga mesmo,
é que a resolução da maior parte dos problemas do Eu, passa tão somente por conseguir SER aquilo que respeita a cada um de nós ser,
aqui e agora.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
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