terça-feira, 29 de abril de 2008

Hoje, Dia de Dança...

...Bailam corpos numa coreografia lancinante,
onde os limites dos mesmos
se perdem
numa voluptuosidade plástica
de membros em êxtase...

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Amanhã


amanhã...
amanhã o meu "mar" será a vista...
a vista deslumbrante
do mar da Ericeira
(até Domingo então)

Quietude

De um momento para o outro,
a simplicidade quieta de nos deixarmos ir.
Como é bom ter
um Alguém
encostado no sonho da pele.

segunda-feira, 21 de abril de 2008



A começar
a temporada
Pina Baush...





"Copy someone else´s tic
Do something you are ashamed of
Write your name with a movement
What would you do with a corpse?
Move your favourite body part
How do you behave when you have lost something?..."

Pina Baush... Como descrever um espectáculo dela?... não é somente dança, não é somente teatro. Talvez possa dizer: ...diálogo, musicalidade, truques circences, ginástica, imagens visuais brilhantes, momentos monumentais, silêncios confortáveis, gestos inéditos, toque sem palavras, sem murmúrio e sem descrição.
Pina Baush é ainda, confronto com o real sem som, desconforto confortável, palavras envolvidas num mutismo que só ela o consegue, com passos, com o corpo, com o Ser.

Feeling

Soa-me...
...soa-me que o teu sentir
nunca esteve tão perto das minhas palavras,
essas
que derrubo nos dias.

sábado, 19 de abril de 2008

Cansaço

O cansaço é um inimigo em termos físicos
mas de certa forma, um aliado em termos psicológicos.
Fisicamente, impede-me de fazer quase tudo o que quero fazer
mas mentalmente,
seria exasperante, se tivesse energia suficiente para o sentir.
Assim tenho de optar,
concentrando-me no que é essencial.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Berlinde

Enquanto enrolava memórias, como se fossem novelos de lã espalhados pelo chão, queria rever.
Através da janela embaciada pelo calor interior,
pelas palavras quentes cantadas ao ouvido,
queria ser dona de um tempo que foi meu.
...há vidas que foram nossas mas que já não nos pertencem.
Vidas passadas, eus passados, que gostaríamos de ter ou rever uma vez mais,
que queriamos poder meter no bolso,
como um berlinde da infância
que acabamos de descobrir nas gavetas da casa antiga
e voltamos a fazer rolar pela calçada.

domingo, 6 de abril de 2008

Artimanha

...é tão mais fácil
dizer o que não somos
para que Outros nos digam
o que conseguimos SER.