sexta-feira, 29 de abril de 2011

Em Dia Mundial da Dança...

Imagem:

"Uma coisa em forma de assim".
Fica a dica, para quem a quiser aproveitar - até dia 8 de Maio no Teatro Camões. 

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Tão Tu

Há Pessoas que me "surgem" por momentos, como flashes.
em sítios
gestos
posturas
pensamentos...
Tu pertences à noite,
principalmente quando sais ou entras nela.
Aí mostras-te,
enches-te
entregas-te
tão livre...
tão TU.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

DançArte

A escrita assemelha-se a um corpo quando cai ao tentar a sua sorte,
nenhum poder ordena no papel
essa dança inquieta.

domingo, 24 de abril de 2011

Impulsos

Podemos sempre agir em conformidade com o que sentimos,
o segredo está
na forma como o fazemos.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

joanna newsom - sprout and the bean

É dia de Sentir os cheiros
inspirar o dia
expirar os 5 sentidos
e todos aqueles que ainda nem nos apercebemos que temos...
É dia.
É dia de meter as mãos na terra.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

There is no one else
when i lay down
and dream.

terça-feira, 19 de abril de 2011

As aparências (também) iludem

Há dias em que a minha "fragilidade" física
se torna o maior contraste de mim mesma.

domingo, 17 de abril de 2011

Em mais um dia coincidente

Abro um livro que há muito não se sentia relido,
numa página ao calhas - hábito que por vezes me acompanha
e releio:

"Marta!, quero ler-te um poema e conversar contigo. Não faças já essa cara! Não sei se ainda o sei de cor mas... Antes disso, tenho a dizer que... acho que nunca tive esperanças de nada, ao contrário de ti. Aprendeste a lutar pelas coisas até ao limite do impossível, não do possível. O possível está ao nosso alcance, dirias. Só o impossível nos desafia verdadeiramente. Aí diverges da maioria, que se limita a dizer: isto é muito difícil!
Desculpa, já leio o poema! sabes como gosto de conversar contigo e como isso tem acontecido pouco nos últimos tempos... Nunca tens tempo! E por falar em tempo, há muito que não lia este poema, o que tenho para te dizer, ou melhor, o que iria dizer... porque uma vez mais, ao contrário de ti, já não o sei de cor."

Há coincidências felizes, ou não.
E por falar em tempo, desculpem-me aqueles a que não tenho tido "tempo" - porque esse, não me pertence. O meu tempo dou-o todo.
Não tem sobrado para mim.

sábado, 16 de abril de 2011

Mera observadora

Ninguém esquece um corpo que teve nos braços um segundo,
já um nome,
um nome sim.

terça-feira, 12 de abril de 2011

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Pontos coincidentes

Há nos dias quem passe por nós sem "entrar",
há os que "entram" sem ser preciso passar por nós - e que ficam.
Há ainda os que se fazem convidados a entrar à hora da saída
e os que desejamos convidar mas que saem
mesmo antes de chegarem a entrar.

E é isto os dias,
feitos de coincidências e (des)encontros.

domingo, 10 de abril de 2011

Without time

Ao carregar no relógio o meu tempo parava.
Nunca mais voltei a sentir tamanho poder.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Opacidade das palavras

Fala, sê o último a falar mas não separes o não do sim.
Dá-lhe um sentido, uma sombra.
Olha à volta,
estreita-te no lugar onde te encontras,
ascende, torna-te mais ténue, mais irreconhecível, mais transparente...
mas Sê!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Sem remetente

As saudades...
algo que nunca ninguém sabe como surgem,
nem de onde vêm.

domingo, 3 de abril de 2011

Estamos tão pouco
onde estamos.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O Mundo Gigante de um Homem Falido



Uma peça do autor francês David Lescot, em que se fala do actual estado das coisas, de como a identidade de uma qualquer coisa se sobrepõe à nossa própria identidade, ou de como um homem falido desaparece sem deixar rasto, de como o homem sem materialismo se torna material.

Todos começamos com "coisas". Demasiadas coisas à nossa volta.
Todos nós nos poderemos considerar "falidos", de uma forma ou de outra. Uns porque sem trabalho, sem dinheiro, outros sem afectos, sem Pessoas, sem palavras, sem...
Dá que pensar, a forma como tudo isso levou este "Homem falido" a encolher. Ao ponto de se deixar apoderar do ócio e do tédio; ao ponto de até o respirar ser doseado para economizar; ao ponto de viver sem nada mas demasiado cheio de si próprio...

Talvez seja mais comum do que parece, a ausência de materialismo se tornar imaterial
e o existencial tornar-se prioritário.

Vivemos todos num mundo de Gigantes
onde quase todos se "dizem"
e poucos são os que "fazem".