terça-feira, 31 de maio de 2011

When voices are like medusas

Serve-te das palavras,
como se elas próprias te estivessem a servir à mesa.

domingo, 29 de maio de 2011

De raspão...

Passaste por mim,
através de mim,
como passamos através da sombra.

sábado, 28 de maio de 2011

Open Day na Lx Factory


A Ilha da criatividade plantada no colo de Alcântara, esteve ontem de portas abertas para quem quisesse variar dos dias rotineiros e das noites do Bairro, Cais do Sodré e afins...
E valeu a pena! embora os espaços fizessem lembrar uma micro-estufa a céu aberto, de tanto calor que estava.
Fora isso - que não foi sequer um problema - desde a Livraria Ler Devagar, onde me sinto em casa e que a partir das 23h soava o concerto de Jazz de Marta Hugon e Filipe Melo; ao Café Malaca que saía igualmente para a rua; aos pisos do edifício-mãe que chamavam para que entrássemos e ficássemos, até querer; aos concertos múltiplos, imagens, performance, fotografia... todas boas razões para que a visita não se fique por aqui;
Tudo boas razões para voltar num outro dia e aproveitar a "Cantina" ou o "Mesa"...
Tudo boas razões para:
"Permitam-se ousar a vergonha. E sejam originais."

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Fechar o capítulo e andar!

Passamos tempos a fio a pensar...
a criar dúvidas que se tornam incertezas, a achar que aqui ou ali não é o nosso poiso e que de uma forma ou de outra não encaixamos nos dias;
Passamos tempos à procura de certezas,
à procura de respostas fora do plano de visão, quando elas próprias existem dentro do EU que dizemos não conhecer;
Passamos tempos a "medir" a inteligência e/ou a julgar a "burrice" alheia, quando a mais pura da burrice não é o Não saber! mas sim,
o saber a resposta
e não a querer aceitar.

terça-feira, 24 de maio de 2011

A simplicidade das coisas raras

Para mim, a beleza das coisas nunca é o exuberante.
Existe por si mesma e manifesta-se,
e é isso que me esmaga.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Idade da inocência

As crianças sentem o que dizem
e até dizem,
o que não sentem.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

O mais provável dos improváveis

O provável (para uns) não tem história
e o previsível (para outros),
não tem qualquer interesse.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Mera observação, ou necessidade.

Grande parte das Pessoas - umas mais do que outras,
precisam simplesmente de seguir em frente
porque o que deixaram para trás
ainda dói.

terça-feira, 17 de maio de 2011

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Not always...

Nem tudo o que se diz é sentido,
nem tudo o que se diz é dito da forma mais adequada,
nem tudo o que se ouve é bem interpretado,
nem tudo o que fazemos
corresponde ao que SOMOS.

domingo, 15 de maio de 2011

(Far)away. So close.

São precisos anos para aprender aquilo que apenas acontece com a distância do tempo.
Não sei que tipo de entendimento encontrámos, não nos conhecemos bem.
Sabemos o essencial e inventamos tudo o resto.
No entanto, quando nos encontramos, somos sempre o mesmo nome.
Não estabelecemos metas, estamos cansados.
Só queremos uma cama, mas se não houver contentamo-nos com o chão,
e se não houver,
contentamo-nos com um abraço.

Não nos conhecemos bem,
e no entanto, somos sempre
o mesmo nome.

sábado, 14 de maio de 2011

(Des)enganos

As suposições...
algo que se imagina
por vezes sem o ser.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Devant les yeux

Lembra-se dela...
do seu ar de absoluta paz e tranquilidade mas também daquela "sombra" - ora alegre ou melancólica - que lhe enevoava os olhos e que hoje tem pena de não ter decifrado a tempo.
Era bonita. Achava-a bonita.
Era magra, alta, frágil à vista, com uma expressão "menina Botticelli" e olhar pensativo, embrulhado em tristeza súbita ou desembrulhado de alegria.
A voz era musical e segura, ao contrário dela (por vezes) que parecia ainda não mais do que uma miúda. Mas não era infantil, tinha sim, trejeitos de criança, que conforme o humor,
ora a tornavam distante,
ora irresistível.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Com Estreia. Hoje.

http://vimeo.com/23309970

Para os amantes dos porMAIORES,
dos dias
com dança.

domingo, 8 de maio de 2011

Indie Lisboa

E assim se inicia mais um Indie Lisboa (11), desta feita com as "Longas:
" ATTENBERG" de Athina Tsangari: onde o constrangimento de Marina perante o sexo passa a ser um desafio... - cinema Grego que parece estar a dar os seus passos consistentes;
"LES AMOURS IMAGINAIRES" de Xavier Dolan: 3 é demais...principalmente se somado um amor não correspondido e uma amizade que aparentava ser indestrutível...

Ambos no Cinema S. Jorge, com reposição do 1º para o dia 10 (3ªf) às 21h30 e aproveitando o local, porque não permanecer até às 24h para assistir ao "ALL GOOD CHILDREN" de Alicia Duffy - isto para os mais resistentes, ou sortudos que não trabalham na manhã seguinte.

(para mais dicas: www.indielisboa.com)

sábado, 7 de maio de 2011

Cumplicidades

...por vezes deixava-me dormir enquanto ouvia a voz, embalava com a voz.
Mas hoje tenho a certeza:
que o mais difícil mas igualmente o mais sublime de partilhar entre duas Pessoas,
é o silêncio.

Esse tradutor de cumplicidade.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

...


...desapareces
com a mesma rapidez com que surges.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

O (Re)verso dos Outros

À medida que me vou cruzando com a vida dos Outros, reparo que as atitudes das relações, sejam elas quais forem, espelham sempre a mesma questão:
os dois lados da moeda.

Uma das Pessoas parece ser a cara e a outra a coroa.
Cada uma delas é, apenas, uma parte da moeda - não se dando ao "trabalho" de SEREM em conjunto.

Daí o difícil ser mesmo torná-la no que ela realmente é,
"uma única moeda" e não, 
"uma moeda com frente e verso".  

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Vista do Metro

...ao fundo Alguém grita estarmos rodeados de Jeovás,
ao meu lado esquerdo um homem que critica a roupa da mulher (que saiu à rua sem se pentear),
à minha frente 2 projectos de homem, exalando a excitação da festa de 6ªf "Bordel" na LxFactory (para a qual curiosamente tinha bilhetes),
do lado direito uma rapariga que relê todas as sms do telemóvel, para se garantir ter uma vida preenchida (mesmo que de enganos).

O Metro é sem dúvida, o maior ponto de encontro de Vidas, díspares.