domingo, 31 de agosto de 2008

O Agora

O Medo...
o medo será uma companhia constante para qualquer Pessoa que se identifique com a mente.
...estar identificado com ela, é estar preso ao tempo,
criando uma preocupação extrema com o passado e futuro,
uma relutância em aceitar o momento presente,
permitindo que ele aconteça.
Talvez se crie essa "compulsão" porque o passado dá-nos uma identidade
e o futuro uma promessa de realização.
Contudo, ambos são ilusões.
porque o passado já não existe
o amanhã ainda não aconteceu
e a realidade é o agora.

domingo, 17 de agosto de 2008

Deixem-se ficar...

Este (re)canto de palavras cheio
entra hoje de férias...
deixem-se ficar, por escrito
os que tenham vontade de permanecer.

Até logo.

Deambulação

No meu estar
no meu gostar
no meu pensar
no meu agir...
não há enredos.
Apenas frases e frases
que me impedem
do que não sei.

sábado, 16 de agosto de 2008

Fisicalidade

...há momentos onde a dor não somos nós.
quando à dor emprestamos a genuína forma de Ser,
de desejar,
de querer
permanecer...
a dor
é somente o resto.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Preguiça



Os dias...
as manhãs a espreguiçarem-se
no esboço dos rostos.
as horas...
espreguiçadas no rosto
do esboço das manhãs.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Para onde?


Para onde vai a luz quando se apaga?...
...eu nunca estive aqui,
neste corpo
e se alguma vez estive
não me lembro.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Ontem...

Ontem a noite faláva-me da zanga
da fúria que engasgas e depositas nos dias.
Ontem a noite falava-me de ti
das horas fundas que gemes em silêncio
das parcas palavras que enganas no ombro do tempo.
Ontem a noite falava-me...
da ausência de ti.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Estilhaços

Um Sonho aqui tão perto...
tão rente às mãos de areia movediça
um sonho tatuado nos dias
como se de um espelho estilhaçado se tratasse.

domingo, 3 de agosto de 2008

...

É em branco que as palavras se deitam,
quando há muito pouco a dizer,
ou quase nada.

sábado, 2 de agosto de 2008

(In)sanidades


A recordação das manhãs adormecidas sem segredos;
a casualidade de um vestido de noite maquiado de ciúme
que brinda ao tempo a passar
com o seu olhar cego e perfumado;
as cartas e os segredos confessados que se afastam num palpitar curioso
de um pulso de mulher;
as memórias protegidas pela música que estremece
contra as paredes inquietas da rotina;
e esse veludo carmesim,
que se desfaz,
colado ao espelho do baton
que gira à volta das nossas loucuras.