sábado, 2 de agosto de 2008

(In)sanidades


A recordação das manhãs adormecidas sem segredos;
a casualidade de um vestido de noite maquiado de ciúme
que brinda ao tempo a passar
com o seu olhar cego e perfumado;
as cartas e os segredos confessados que se afastam num palpitar curioso
de um pulso de mulher;
as memórias protegidas pela música que estremece
contra as paredes inquietas da rotina;
e esse veludo carmesim,
que se desfaz,
colado ao espelho do baton
que gira à volta das nossas loucuras.

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