domingo, 28 de fevereiro de 2010

(In)sanidade

Prendeu-se ingénuo entre o real e a fantasia, entre o corpo e a sanidade.
Aceitar mudar o pensar - só para outros, não para ele.
Querer sentir o TUDO, onde o tudo é o nada desse momento.
Procurar dúvidas indispensáveis nas certezas, seguidas de dias, horas a fio - também elas insones.
Tentar abstrair. Tentar distrair.
O prazer de pensar em nada. Mas o toque volta sempre intacto na memória.
Esperou demais de um silêncio porque devia, devia tê-lo olhado como tendo outros sinónimos,
mas teve medo.
E nos inevitáveis encontros trocavam-se palavras adequadas e suficientes,
porque havendo mais do que o necessário, poderia significar mais do que o real.

Mas e o que é isso do real?
E o que significa afinal "sanidade"?
quando todos nós tão bem vivemos na mais digna "insanidade mental".

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Há dias
em que o corpo foge de nós
e não ao contrário.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Sleepless Heart

A maioria das Pessoas a viver uma mentira,
porque mais fácil, porque menos dilacerante, menos expectante
para tão somente
não perceberem o que sentem.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Palavras insones

...as partilhas tardias são as mais reais
porque sem o "barulho" de Outros,
a inebriar os sentidos.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Hiato verbal

Tanto por dizer...
e ao mesmo tempo, parece que não há nada para contar.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Antecâmara












Permaneces trancada...
dentro de um segredo.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Keeping the secret

É o lábio cortado que molha o peito.
um ciclo disperso no vício da suavidade
que arromba a pele segura pela sede,
suposto contorno de suor ágil.
É o lábio cortado que seca o rumor da boca
mas é o olhar
que transforma as mãos em segredos.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Rescue













Não (me) é costume procurar o tempo perdido
porque é ele próprio
que me (re)encontra.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Worthless

Quando o preço de algo ou de alguém
passa a ser a dignidade,
é porque deixou de valer a pena.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

With or without, words

Há dias em que não há palavras.
Há dias em que fazemos tudo bem,
incrivelmente bem
e ainda assim sentimos que falhámos.
Há dias em que questiono
no segredo de mim mesma,
por quanto tempo haverá capacidade de "resgatar" e soldar as partes de nós,
que se vão perdendo todos os dias...

Há dias - tal como disse -
em que não restam palavras
e em que o silêncio só (re)conforta
quando esse mesmo dia acaba.