Ninguém chega... e nada parece certo.
Falhaste o tempo, falhaste a palavra, a pronúncia, o corpo, a ternura do gesto;
falhaste o entendimento, a casa, a própria mudança da pele, os animais que sopravam no teu focinho molhado;
falhaste porque tudo parecia demasiado tarde.
Choras porque falhaste e não sabes bem onde. Porque já não existem brinquedos, porque há demasiadas marcas de sono, porque não querias ter coragem de chorar.
Choras na esperança de que a manhã seja a manhã de outros dias - que não em asfixia de ti.
E ninguém chega...
e nada parece suficiente para ninguém.
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
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