Desde pequena que gosto de olhar para as janelas iluminadas das casas.
Quando pensativa ou enfastiada, olhava-as... e pareciam-me pequenos oásis de felicidade que gostaria de VER numa maior proximidade.
O desejo talvez partisse de uma mera curiosidade ou de algo que penso que grande parte das Pessoas já experimentou: o desejo de se ser um outro, de trocar de vida, de partir para um outro "destino" longínquo que se imagina "perfeito" ou simplesmente diferente - julgando que assim vamos ser felizes porque a felicidade, achamos, parece estar sempre onde não estamos.
E se conseguirmos?
E se efectivamente chegarmos a esse "oásis" com que sonhávamos, ou passarmos a viver a vida desse Outro que achávamos feliz, seremos igualmente?
Será que passamos a ser ele? Ou somos ainda nós?
No fim de tudo isto, o que é que nos faz ser nós?
Valerá a pena sermos um Outro que não nós?
Afinal, as vidas "perfeitas" poderão apenas sê-lo quando vistas de fora.
Ao perto, por vezes, nada é o que parece.
domingo, 29 de abril de 2012
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