quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Já com saudades do Butoh...

Sempre que inicío o Butoh, vejo-me perante a hesitação por não saber por onde começar.
O Butoh não teria consciência própria se o separássemos do acto de viver... e deparo-me sempre com a questão: por onde começar?
Concluo que é no processo de hesitação que está o seu real começar - Inicia-se nos movimentos quotidianos do corpo.
Os ferimentos que recebemos no próprio corpo, cicatrizam e curam-se com o tempo; os ferimentos que recebemos no nosso interior, se aceites e contemporizados, farão nascer ao longo dos anos e das esxperiências, alegrias ou tristeza, que um dia nos conduzirão para um mundo de palavras, ou para a ausência delas.
Creio que é isso o Butoh, um mundo de poesia,
impossível de descrever por palavras,
só por meio do nosso próprio corpo.

Por tudo isso... dançem! com os dias.

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