
Procuro uma imagem da cidade por entre as ruas cheias de gente.
Ergo uma parede de painéis publicitários por cima dos prédios, subo essa mesma parede para espreitar o vazio do outro lado e faço com os restos das vozes, a linguagem urbana, em que o silêncio funciona como todas as conversas.
Encosto-me ao corrimão da escada que me toca... e é isto, é tão somente isto que fica da arquitectura imprecisa das ruas, onde espreito os pisos térreos para saber até onde vão os corredores que me atraem.
É isto a cidade.
Dia e noite ela despe-se para quem a olha,
e ergue-se mais à frente, dando a ilusão da diferença para que entremos nela
como se nunca a tivéssemos conhecido.
Sem comentários:
Enviar um comentário