terça-feira, 7 de agosto de 2007

A Cidade com outros olhos


Procuro uma imagem da cidade por entre as ruas cheias de gente.
Ergo uma parede de painéis publicitários por cima dos prédios, subo essa mesma parede para espreitar o vazio do outro lado e faço com os restos das vozes, a linguagem urbana, em que o silêncio funciona como todas as conversas.
Encosto-me ao corrimão da escada que me toca... e é isto, é tão somente isto que fica da arquitectura imprecisa das ruas, onde espreito os pisos térreos para saber até onde vão os corredores que me atraem.
É isto a cidade.
Dia e noite ela despe-se para quem a olha,
e ergue-se mais à frente, dando a ilusão da diferença para que entremos nela
como se nunca a tivéssemos conhecido.

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