sábado, 11 de agosto de 2007

Em memória a um "anjo" do IPO


APETECIA-LHE VOAR.
Apetecia-lhe tanto agarrar o sol, apetecia-lhe ser ave.
poder enfrentar o escuro de olhos abertos
e porque não, cortar o céu com o seu corpo leve da infância...
queria saltar os muros altos sem medo de aterrar cansada,
queria falar sorrindo e calar sempre que consentisse.
Sem sim, sem não, só com a voz dos olhos, queria voar.
Foi buscar as asas ao armário, limpou-as,
deu-lhes lustre com a força de outros tempos e saiu para a montanha
na esperança de ser cativada por um anjo azul.
Face ao inesperado foi pássaro,
e com as suas asas voou sem o medo de não encontrar o caminho de volta.
Disse, sorriso aberto, enquanto voava:
na vida não existe volta, só ida
e se tivesse percebido mais cedo,
já tinha voado antes.


Um beijo... a todos estes "anjos"... que "andam" por aí.

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