Pessoas velhas que descolam das paredes e que têm línguas nas mãos.
Jovens em inicio de fim de vida, invisíveis, a escaparem rapidamente em recolha aos ninhos.
Mãos que lambem e línguas que tocam.
Perguntas sobre nós, para saber e esquecer no próprio momento.
Varandas se ninguém, mesmo quando está lá alguém.
A Lua enorme, laranja.
A noite tudo traz... porque os olhos já se habituaram ao cair do dia, ao raiar da noite.
O suor das ruas um lago de más línguas; o suor dos jovens um lago de copo cheio.
Contam-se os pedaços da história da mulher que atirou à rua a carta rasgada; metem-se as crianças na cama e o cansaço de uma família escorre para a roupa estendida de outra...
Todos somos iguais. Ou não.
O homem que parou a dormir e que não sabe que dorme; o vapor do álcool a sair porta sim porta não; fruta em árvores que não existem, tocadas; ruas nunca limpas porque feitas de sujidade;
os velhos a descolarem (ainda) das paredes com o gritar da ambulância; as raparigas de pele de seda a deixarem-se enfeitiçar pelos sapos da noite feitos "Príncipes...
...e os meus textos a voarem com o vento...
não deixes que os meus textos voem.
mas deixa-me estar.
sábado, 8 de agosto de 2009
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