Os barulhos da noite acordam para o dia que é a noite.
Alguém grita na televisão.
No azulado do ecrã que sai pelas cortinas gastas, alguém grita mais alto do que a Pessoa que lhe gritou primeiro.
O barulho das portas que batem com violência planeada têm algo de vítreo,
e por dentro dessas portas ouve-se um viver de um outro mundo sem resguardo.
Circulação ao ritmo do pulsar das ruas.
Sobe, desce, sai, torna a entrar... a brisa regressa aos candeeiros amarelos,
aos corpos hirtos de dedos nos copos,
abrigando vultos e refrescando o calor das palavras.
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário