Há tantas pequenas coisas simples de valor inestimável.
Um olhar, o toque, a pele, a seda das mãos quando as sinto, as luzes que brilham desfazendo o escuro do céu, o cheiro da lenha, as saudades tardias, os segredos que não se podem contar...
Quando olhamos em frente vimos tudo tão nítido, tão claro, o que sempre lá esteve e não parecia perto quando temos perto, as saudades de tudo quanto não sabemos explicar, quem nos faz falta... a impossibilidade de manter igual hoje, o que era bom antigamente.
Não há ideia mais traiçoeira do que essa do antigamente!
[...]
A areia mais fina que pisamos, a primeira chuva que cai, o calor de uma camisola numa tarde de Outono, a música que em cada altura dizemos ser a eleita, alguns olhos da maneira que olham... impossível esquecer a infância de outros, porque estamos sempre mais próximos do que parece.
Não vale a pena acreditar em muito mais, só há uma linguagem igual.
A verdade dos dias é tudo isto... a coincidência, a simplicidade dos nadas tão cheios de tudo.
É esta a verdade que prefiro deitar numa só frase, a frase que diz:
"estamos sempre perto, mais próximos do que parece".
domingo, 2 de setembro de 2007
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
tão próximos que escutamos vozes... sempre presentes
Enviar um comentário