sábado, 29 de setembro de 2007

O Amor ao canto do bar

A volúpia de um repouso total no odor da menina que coleccionou beijos, lábios, dentes de mamilos ao vento e saltos altos cheios de sorrisos e suspiros...
a luta sublime - touché direito ao coração, direito ao pé esquerdo...
conversas sem fim sobre a palma das mãos embriegadas de cartas de amor.
A recordação de pessoas que apalpam o batimento das ondas com o desejo excessivo das manhãs adormecidas sem segredos.
A casualidade de um vestido de noite maquiado de ciúme que brinda ao tempo a passar, com o seu olhar cego e perfumado.
As flores, e os presentes confessados que se afastam num palpitar curioso de um pulso de mulher.
Os principes protegidos pela música que estremece contra as paredes inquietas da infância.
E esse veludo carmesim, que se desfaz, colado ao espelho do baton que gira à volta das nossas loucuras.
(após espectáculo de Olga Roriz)

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