08h10 min.
Faz frio.
As extremidades geladas nas ruas desta manhã.
Faltavam 20 minutos para iniciar consultas e resolvo antecipar a rotina costumeira que me apraz.
Entro na frutaria e a Dª Maria lá está, Mulher carrancuda que não dá folga à frieza mas que ainda assim, de lés em lés, esboça um sorriso quando me meto com ela.
Ao percorrer o corredor surge a filha - visto ser um negócio de família - avança na minha direcção:
"Já tenho ali a sua fruta separada. Hoje as papaias estão como gosta e a salsa vai inteira!"
2ª Paragem: Mercado
"Bom dia menina, hoje veio mais cedo! Já tenho aqui as suas pevides mas hoje mais caras 0,25€. Isto a vida está pela hora da morte!..."
Entro na conversa, pergunto-lhe como passam os dias por ela, começando as queixas de todas as maleitas do corpo e da alma. Pago. Deixo o sorriso de troco e saio.
3ª Paragem: Quase a chegar
Ao subir a rua íngreme surge à porta da Drogaria o Sr. António - dono desde sempre, tal como curioso: "Bom dia menina, esta semana também veio para estes lados!?... mais trabalhinho não é? que tenha muita sorte e saudinha!"
Deixo mais um sorriso pendurado e retomo a subida.
Quase a chegar...
"Minha querida olhe o que eu tenho aqui! Hoje as Margaridas estão abertas e frescas como gosta! Leve agora esta para começar bem o dia!"
4ª Paragem: Consultório
Abro a porta e os cumprimentos prolongam-se.
Dirijo-me à sala, sento-me, pouso tudo o que merece repouso e o sorriso que deixei "pendurado" lá fora volta ao remetente e nesse momento, tudo o que sinto é que me soube pela vida,
o sentir-me em casa
neste lugar onde todos se conhecem.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
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