Primeiro os dedos, finos, transparentes.
O rosto isolado com a cor irreal que a verdade possui.
Os ouvidos que não me ouvem.
Rodeado de olhares que recusam procurar-se, há palavras que nunca serão ditas.
Fica a voz, agarrada às paredes, embutida nos objectos.
Fica a escrita, a caligrafia, as fotografias.
Fica o vazio de uma sala vazia, de uma notícia dada pelo telefone.
A Vida...
A Vida acaba quando queremos falar com Alguém, ouvir a sua voz,
e isso for, para sempre,
impossível.
(hoje adaptado, de uma outra voz)
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
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