As minhas mãos, a porta da percepção.
Encontro-me com os dias através da ponta dos dedos.
As mãos... os pormenores que elas guardam...
À distância são semelhantes mas ao perto, ao perto descobrem-se diferenças pouco subtis.
O polegar é hipnótico, o mindinho - um alvo sem "mouche", no anelar - um poço interminável, no dedo médio - encontro um rosto, no intervalo - já tenho vincos de tanto abrir e fechar as mãos.
Não me admira que as videntes consigam por aqui saber a sina!
As mãos são um mapa geodésico - cheio de rios, afluentes, curvas e declives.
A linha da Vida é um pormenor insignificante no intervalar desta rede de sinais.
E pergunto-me,
se irei seguir cada traço e descobrir um rumo exacto,
no labirinto das minhas mãos.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
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