Acendo a luz e encaro o espelho.
Passo as mãos em torno dos olhos, puxo as têmporas para cima, desfaço as marcas da testa, alisando-a.
O tempo passa e confesso que não vi.
- Quem és tu?
Porque não envelhecemos de maneira uniforme, as linhas acentuam-se gradualmente, as mãos ficam progressivamente mais seda, os olhos passam do brilho ao opaco.
De repente acordamos e o rosto que tínhamos é agora substituído por um outro, que recebemos coagidos e que se diz contador de histórias.
E sem querer, espelha-se a pergunta pendurada na imagem:
- Quem és tu?
e aquilo que fui, em (quase) nada se parece com aquilo que Sou.
quarta-feira, 2 de março de 2011
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