...quando saíram do restaurante,
a lua em balão recortava a brancura das casas.
Estava uma noite amena.
Mal desembocaram no Largo, a Cadeia do Limoeiro apareceu-lhes num clarão,
com filas de pombos adormecidos no telhado.
S. pensou: "um presídio guardado por pombas brancas"
e desejou espairecer, ir a pé por entre ruas.
Subiram ao miradouro.
Podiam chamar-lhe cliché, que a vista dali era magnífica.
Um sossego...
Lá em baixo Alfama, o Tejo escondido na noite clara, parado, denso.
"Este País não merece o Tejo que tem" - murmurou - "Nobre demais!"...
e eles a dominarem-no lá de cima, debruçados sobre o slide e o castiço,
casario à balda, escadas tortuosas, fado-fadário e tudo quanto se queira,
"mas bonito" - repetiu.
Francamente bonito,
diga-se o que se disser.
domingo, 3 de maio de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário