Hoje,
no nosso desencontro
encontrei-me com a tua saudade,
que é também a minha.
domingo, 31 de maio de 2009
sábado, 30 de maio de 2009
Príncipe Real
Sábado, 11 horas da manhã e eis-me de chegada ao Príncipe Real.
O calor dos dias teima em rasar a pele,
sobressai por entre a roupa tornando-a desconfortável,
até mesmo as chinelas de dedo teimam em escorregar dos pés.
Vislumbram-se as bancas de produtos de agricultura biológica,
da qual sou cliente "costumeira", onde as cores e os cheiros se mantêm,
como no antigamente.
Os morangos cheiram a morangos, o verde da salsa e coentros confunde-se no da relva, que está por todo o lado.
Ao longe, um pouco mais acima, as velharias, as quinquilharias da avó,
que gosto de apreciar com calma...
mas é tão somente isso, apreciar.
Comprar não faz parte das opções das carteiras de hoje e em boa verdade,
para velharias já me chegam as recordações.
Junto ao quiosque as roupas biológicas, as bujigangas, as bijutarias para quem é apreciador,
não eu, gosto mesmo de pouca coisa a adornar, ou quase nada.
As cores são tantas, os pormenores são tantos,
as Pessoas deitadas na relva com toalhas de praia anunciam que a praia já foi mais procurada, escolhendo sítios alternativos para se espraiarem com os livros que ocupavam espaço na estante, desejosos de sair à rua.
E eu olho, sempre.
Sempre assim foi.
Mas hoje não o faço de mãos vazias,
hoje vou de sacos cheios, de cores e sabores para mais logo.
Com tempo.
O calor dos dias teima em rasar a pele,
sobressai por entre a roupa tornando-a desconfortável,
até mesmo as chinelas de dedo teimam em escorregar dos pés.
Vislumbram-se as bancas de produtos de agricultura biológica,
da qual sou cliente "costumeira", onde as cores e os cheiros se mantêm,
como no antigamente.
Os morangos cheiram a morangos, o verde da salsa e coentros confunde-se no da relva, que está por todo o lado.
Ao longe, um pouco mais acima, as velharias, as quinquilharias da avó,
que gosto de apreciar com calma...
mas é tão somente isso, apreciar.
Comprar não faz parte das opções das carteiras de hoje e em boa verdade,
para velharias já me chegam as recordações.
Junto ao quiosque as roupas biológicas, as bujigangas, as bijutarias para quem é apreciador,
não eu, gosto mesmo de pouca coisa a adornar, ou quase nada.
As cores são tantas, os pormenores são tantos,
as Pessoas deitadas na relva com toalhas de praia anunciam que a praia já foi mais procurada, escolhendo sítios alternativos para se espraiarem com os livros que ocupavam espaço na estante, desejosos de sair à rua.
E eu olho, sempre.
Sempre assim foi.
Mas hoje não o faço de mãos vazias,
hoje vou de sacos cheios, de cores e sabores para mais logo.
Com tempo.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Rituais
Tudo aquilo que ganha
e ao mesmo tempo mata um ritual,
pode ser um simples gesto,
um sussurro colado à pele
qualquer coisa de raiva que tememos;
tal e qual as frases
assim, deitadas no papel.
e ao mesmo tempo mata um ritual,
pode ser um simples gesto,
um sussurro colado à pele
qualquer coisa de raiva que tememos;
tal e qual as frases
assim, deitadas no papel.
domingo, 24 de maio de 2009
domingo, 17 de maio de 2009
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Dúvida
Cada traço, cada gesto,
cada palavra que nomeia ou que descreve
nunca sei,
se me inventa ou me liberta.
cada palavra que nomeia ou que descreve
nunca sei,
se me inventa ou me liberta.
terça-feira, 12 de maio de 2009
segunda-feira, 11 de maio de 2009
domingo, 10 de maio de 2009
Entre perdidos e achados
Esta manhã encontrei o nome nos espelhos
onde o rosto deixou um rasto.
As palavras respiram,
na rede exausta de linhas rectilíneas
e as mãos,
as mãos estão por aí
à espera,
à espera de encontrar alguns vestígios,
algum gesto que as agasalhe.
onde o rosto deixou um rasto.
As palavras respiram,
na rede exausta de linhas rectilíneas
e as mãos,
as mãos estão por aí
à espera,
à espera de encontrar alguns vestígios,
algum gesto que as agasalhe.
domingo, 3 de maio de 2009
Santa Luzia
...quando saíram do restaurante,
a lua em balão recortava a brancura das casas.
Estava uma noite amena.
Mal desembocaram no Largo, a Cadeia do Limoeiro apareceu-lhes num clarão,
com filas de pombos adormecidos no telhado.
S. pensou: "um presídio guardado por pombas brancas"
e desejou espairecer, ir a pé por entre ruas.
Subiram ao miradouro.
Podiam chamar-lhe cliché, que a vista dali era magnífica.
Um sossego...
Lá em baixo Alfama, o Tejo escondido na noite clara, parado, denso.
"Este País não merece o Tejo que tem" - murmurou - "Nobre demais!"...
e eles a dominarem-no lá de cima, debruçados sobre o slide e o castiço,
casario à balda, escadas tortuosas, fado-fadário e tudo quanto se queira,
"mas bonito" - repetiu.
Francamente bonito,
diga-se o que se disser.
a lua em balão recortava a brancura das casas.
Estava uma noite amena.
Mal desembocaram no Largo, a Cadeia do Limoeiro apareceu-lhes num clarão,
com filas de pombos adormecidos no telhado.
S. pensou: "um presídio guardado por pombas brancas"
e desejou espairecer, ir a pé por entre ruas.
Subiram ao miradouro.
Podiam chamar-lhe cliché, que a vista dali era magnífica.
Um sossego...
Lá em baixo Alfama, o Tejo escondido na noite clara, parado, denso.
"Este País não merece o Tejo que tem" - murmurou - "Nobre demais!"...
e eles a dominarem-no lá de cima, debruçados sobre o slide e o castiço,
casario à balda, escadas tortuosas, fado-fadário e tudo quanto se queira,
"mas bonito" - repetiu.
Francamente bonito,
diga-se o que se disser.
sábado, 2 de maio de 2009
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Suspensa
Descalça...
é descalça que ando
percorrendo as ruas da cidade
de rostos sem nome.
Descalça,
é descalça que ando
pés lêvedos suspensos no ar.
é descalça que ando
percorrendo as ruas da cidade
de rostos sem nome.
Descalça,
é descalça que ando
pés lêvedos suspensos no ar.
Subscrever:
Mensagens (Atom)