Olhando a realidade dos dias, vê-se cada vez mais o núcleo familiar das crianças dos 15 em 15 dias.
A existência dos "meus, teus e dos nossos".
É quase impossível não utilizar uma imagem simbólica para descrever um espaço que alberga Pessoas que se tocam nos pontos em que quase todos partilham o passado recente de uma chegada e a eminente urgência de uma nova partida.
Nesses terminais de contínuas chegadas e partidas, e na agitação contínua de quem entra e sai, parece que, mesmo estando fisicamente próximos, partilhando o mesmo tecto e desfrutando de uma ligação familiar comum, nada de verdadeiro ou profundo os une.
Dir-se-ia, que se parecem com um exemplo vivo de relações de afecto epidémicas, diga-se,
de superfície e fragilidade.
quinta-feira, 27 de junho de 2013
segunda-feira, 3 de junho de 2013
Equivalente ansiolítico
Nos dias que correm tem-se facilmente tudo e de preferência, "aqui e já", sem que exista sequer uma elaboração psíquica do desejo, da espera e posteriormente da presença.
Tem-se por ter, para mostrar e exibir aos outros;
tem-se para rapidamente se deitar fora porque, apesar de tudo,
não chegou para satisfazer.
Tem-se por ter, para mostrar e exibir aos outros;
tem-se para rapidamente se deitar fora porque, apesar de tudo,
não chegou para satisfazer.
domingo, 2 de junho de 2013
Lifesaving
Demasiado obcecados com os padrões de vida - habitualmente exigentes - com a perspectiva economicista e o que ela implica de tensão sobre temas como o dinheiro, a carreira e o desempenho, escasseia tempo de viver a vida.
Numa voracidade permanente, são muitos os que parecem demasiado preenchidos, submersos em ritmos velozes, sem tempo algum que sintam como disponível para Estar e Ser.
Especialmente penalizados com este registo ficam os filhos, que certamente passam mal sem o mínimo de disponibilidade que lhes permita serem olhados, ouvidos, atendidos... como objectos secundarizados pela ganância de caminhos barricados na solidão a que, a custos muito elevados,
ainda sobrevivem,
mas não raramente adoecem.
Numa voracidade permanente, são muitos os que parecem demasiado preenchidos, submersos em ritmos velozes, sem tempo algum que sintam como disponível para Estar e Ser.
Especialmente penalizados com este registo ficam os filhos, que certamente passam mal sem o mínimo de disponibilidade que lhes permita serem olhados, ouvidos, atendidos... como objectos secundarizados pela ganância de caminhos barricados na solidão a que, a custos muito elevados,
ainda sobrevivem,
mas não raramente adoecem.
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