Hoje, ao lado do Daniel, esperamos pelo momento do transplante de medula.
As palavras zangadas e o choro vindo do medo, adormecem-no.
A mão dada permanece, a esquerda,
enquanto escrevo com a direita sem o perder de vista.
Talvez seja este o único momento em que o medo repousa;
talvez seja este o local onde muita coisa se (re)pensa,
onde se apaga o que não interessa e se valoriza o que faz sentido,
nele. em mim.
Olho-o. Sereno.
Não questiona o que dizem os Outros lá fora, nem lhe interessa.
Vive numa urgência de Viver, mas não o afirma.
Ri-se, quando lhe apetece chorar.
Olho-o. A mão permanece.
Aqui dentro, onde estamos isolados
o calor conforta as dúvidas,
enquanto lá fora, onde estão todos os Outros
a chuva cai densa,
lavando as más línguas.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
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