Acordada?
ou são os dedos da imaginação
a escrever a noite?
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
2012-011
As palavras são como um código postal,
quando certas
chegam directamente onde era suposto chegar.
quando certas
chegam directamente onde era suposto chegar.
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Per-calço do dia
Ontem, carro parado no semáforo de luz vermelha, vi-te.
Olhei-te por mais tempo do que deveria.
Parecias ter 8 ou 9 anos, não mais.
As tuas expressões de miúda denunciavam-te o rosto mas não a força que parecia sair-te por todo o lado.
As tuas pernas bambeavam pela rua direita de caminho ao metro de um dos pontos da cidade e tu,
tu parecias exercer um esforço mental tremendo para que os outros não se apercebessem da tua "questão física", ainda assim, a pressa traía-te o passar despercebida - pelo menos aos meus olhos.
Da cintura para baixo havia uma fragilidade que contrastava com o movimento amplo, frio, certeiro...tipo lance de espada que fazias com a mão, como se se tratasse de uma estratégia de auto-controlo que te dizia: calma...calma... quanto mais depressa mais coxeias, mais as pernas arqueiam e impedem o movimento...calma...tu consegues...".
Não sei o teu nome nem tão pouco quem eras... mas naquele momento,
a minha vontade foi pegar-te ao colo e fazer-te andar mais depressa,
como se de repente nada se passasse e tivesses ganho asas.
Talvez gostasses da sensação. Ou não.
Não sei quem eras nem tão pouco para onde ias com tanta pressa.
E parei de olhar. Baixei o rosto.
Tive receio de te atrasar.
Olhei-te por mais tempo do que deveria.
Parecias ter 8 ou 9 anos, não mais.
As tuas expressões de miúda denunciavam-te o rosto mas não a força que parecia sair-te por todo o lado.
As tuas pernas bambeavam pela rua direita de caminho ao metro de um dos pontos da cidade e tu,
tu parecias exercer um esforço mental tremendo para que os outros não se apercebessem da tua "questão física", ainda assim, a pressa traía-te o passar despercebida - pelo menos aos meus olhos.
Da cintura para baixo havia uma fragilidade que contrastava com o movimento amplo, frio, certeiro...tipo lance de espada que fazias com a mão, como se se tratasse de uma estratégia de auto-controlo que te dizia: calma...calma... quanto mais depressa mais coxeias, mais as pernas arqueiam e impedem o movimento...calma...tu consegues...".
Não sei o teu nome nem tão pouco quem eras... mas naquele momento,
a minha vontade foi pegar-te ao colo e fazer-te andar mais depressa,
como se de repente nada se passasse e tivesses ganho asas.
Talvez gostasses da sensação. Ou não.
Não sei quem eras nem tão pouco para onde ias com tanta pressa.
E parei de olhar. Baixei o rosto.
Tive receio de te atrasar.
domingo, 25 de novembro de 2012
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Memória retrógada
Lembras-te quando ias a correr para a porta e perguntavas:
- Quem é?
...eras apenas uma criança, à espera que a felicidade te batesse à porta.
- Quem é?
...eras apenas uma criança, à espera que a felicidade te batesse à porta.
domingo, 18 de novembro de 2012
Inventariado
Consigo ver porque é que nos dias quem dê ao desbarato palmadinhas nas costas, sorrisos, superlativos, movimentos e palavras quentes a outros que se dizem conhecidos - presos noutros afazeres e ofícios;
não consigo é perceber,
porque é que tão depressa e desprevenidamente se afeiçoam
a inventar Pessoas.
não consigo é perceber,
porque é que tão depressa e desprevenidamente se afeiçoam
a inventar Pessoas.
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
(Des)catalogar
Tudo à nossa volta parece ter um nome - mesmo o que não se vê!
E se deixássemos de catalogar tudo!?
E se em vez da palavra insónia houver apenas um "não dormir" - por exaustão de uma qualquer coisa!?
Terá a noite em branco menos valor!?
E se deixássemos de catalogar tudo!?
E se em vez da palavra insónia houver apenas um "não dormir" - por exaustão de uma qualquer coisa!?
Terá a noite em branco menos valor!?
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
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