O todo que existe parece pouco.
E o pouco quase nada.
Mas ainda assim, é um todo.
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Muito, pouco, ou nada...
No Gostar,
"ter" não é possuir,
é dar espaço para que o Outro possa (também)
Existir.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
domingo, 28 de agosto de 2011
Convocatória
Sentei-me à mesa e brindei com palavras coladas aos lábios.
Convoquei imagens arrastadas das cidades, com as casas presas em altura;
convoquei momentos súbitos rente à pele;
convoquei percursos, lugares, geografias que foram sucedendo...
convoquei palavras ausentes porque sempre presentes nos lábios;
convoquei o feito e o não feito;
convoquei-Te.
mas não apareceste.
Convoquei imagens arrastadas das cidades, com as casas presas em altura;
convoquei momentos súbitos rente à pele;
convoquei percursos, lugares, geografias que foram sucedendo...
convoquei palavras ausentes porque sempre presentes nos lábios;
convoquei o feito e o não feito;
convoquei-Te.
mas não apareceste.
sábado, 27 de agosto de 2011
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
...
Porque hoje acordei
com vontade de ir dançar para a rua!
o que não deixa de ser de todo verdade...
com vontade de ir dançar para a rua!
o que não deixa de ser de todo verdade...
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
I had a dream... (Puzzle dos Encantos)
Esta noite "i had a dream..."
No meu sonho havia um puzzle em que o presente e o passado se precipitavam em cima e em baixo de uma cama.
Por baixo, existia uma porta para um mundo feito com aquilo que se quer esquecer, o que se esconde ou se guarda, o que pisamos mas que de certa forma nos dá suporte enquanto Ser.
Nesse dito mundo, o tempo dissolve-se, dilata, abre possibilidades de construção. Tudo é calmo, denso, silencioso... O espaço soa ao eco do búzio no ouvido com o som do mar...
Em cima, o corpo descobre-se, acorda, saboreia o dizer-fazer. Aqui o corpo interage com.
Aqui existe toda uma densidade de Pessoas necessária à construção da nossa sensibilidade, uma selvajaria capaz de esculpir a intensidade e a intencionalidade do que Somos - os redores da nossa presença.
...
Tudo isto me pareceu um sonho ao acordar mas simultaneamente não de todo descabido,
porque para mim tudo tem um sentido ao sonhar(-se);
porque muitas vezes, desde crianças, as nossas perguntas mantêm-se constantes
e o que permitimos
é apenas a mudança do modo e da intensidade deste puzzle,
que Somos Nós.
No meu sonho havia um puzzle em que o presente e o passado se precipitavam em cima e em baixo de uma cama.
Por baixo, existia uma porta para um mundo feito com aquilo que se quer esquecer, o que se esconde ou se guarda, o que pisamos mas que de certa forma nos dá suporte enquanto Ser.
Nesse dito mundo, o tempo dissolve-se, dilata, abre possibilidades de construção. Tudo é calmo, denso, silencioso... O espaço soa ao eco do búzio no ouvido com o som do mar...
Em cima, o corpo descobre-se, acorda, saboreia o dizer-fazer. Aqui o corpo interage com.
Aqui existe toda uma densidade de Pessoas necessária à construção da nossa sensibilidade, uma selvajaria capaz de esculpir a intensidade e a intencionalidade do que Somos - os redores da nossa presença.
...
Tudo isto me pareceu um sonho ao acordar mas simultaneamente não de todo descabido,
porque para mim tudo tem um sentido ao sonhar(-se);
porque muitas vezes, desde crianças, as nossas perguntas mantêm-se constantes
e o que permitimos
é apenas a mudança do modo e da intensidade deste puzzle,
que Somos Nós.
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Marionetas
Com as mãos,
com expressões,
com gestos contidos,
as Pessoas vão falando entre si - ou consigo próprias,
dando opiniões ou expondo constatações
mas fazem-no de uma forma
que se assemelha a tudo,
menos a uma conversa.
com expressões,
com gestos contidos,
as Pessoas vão falando entre si - ou consigo próprias,
dando opiniões ou expondo constatações
mas fazem-no de uma forma
que se assemelha a tudo,
menos a uma conversa.
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
To Wait. (always waiting for...)
Uma espera tem sempre algo de estranho...
Há sempre o que aparece primeiro e que espera;
há o que chega um pouco depois e que espera ansiosamente chegar;
e há o que chega sempre atrasado, por inevitavelmente, gostar de sentir o Outro em espera.
Há sempre uma sensação no hiato de tudo isto,
há sempre uma inquietude
no verbo esperar.
Há sempre o que aparece primeiro e que espera;
há o que chega um pouco depois e que espera ansiosamente chegar;
e há o que chega sempre atrasado, por inevitavelmente, gostar de sentir o Outro em espera.
Há sempre uma sensação no hiato de tudo isto,
há sempre uma inquietude
no verbo esperar.
domingo, 21 de agosto de 2011
sábado, 20 de agosto de 2011
Escrita, Dança, Fotografia - Uma Densidade Real
Há dias tão cheios
há noites tão boas,
tão cheias de sorrisos em jeito de gargalhada...
que chegamos a duvidar
que algum dia estivemos tristes.
há noites tão boas,
tão cheias de sorrisos em jeito de gargalhada...
que chegamos a duvidar
que algum dia estivemos tristes.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Um acto singular
Afeiçoamo-nos aos lugares,
às circunstâncias, às Pessoas.
Tão imparcialmente quanto é possível, admiramos o que são,
respeitamos o que lhes diz respeito,
a postura, a forma de estar...
E este acto não tem outro nome,
é simplesmente "Gostar",
porque não exige nada em troca.
às circunstâncias, às Pessoas.
Tão imparcialmente quanto é possível, admiramos o que são,
respeitamos o que lhes diz respeito,
a postura, a forma de estar...
E este acto não tem outro nome,
é simplesmente "Gostar",
porque não exige nada em troca.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
...
"O corpo não só fala, como sabe bem sobre o que quer falar.
Basta apenas que se encontre o lugar em que isso acontece."
Basta apenas que se encontre o lugar em que isso acontece."
domingo, 14 de agosto de 2011
sábado, 13 de agosto de 2011
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Me, myself and i
Arrumo alguma da roupa no armário, rindo-me.
Rio-me por me ver nos dias que vão seguir-se.
Rio-me dessa estranha antecipação: eu e as "fardas".
Tiro os sapatos e acendo um cigarro.
O prazer de sentir os pés descalços pela casa...
Durante 4 noites repeti este gesto de fumar descalça antes de adormecer,
observando a cidade a inquietar-se lentamente.
Sinto um deleite imenso nestes pormenores, nestes imponderáveis que praticamos quando estamos sós.
Só nós
e a consciência.
Rio-me por me ver nos dias que vão seguir-se.
Rio-me dessa estranha antecipação: eu e as "fardas".
Tiro os sapatos e acendo um cigarro.
O prazer de sentir os pés descalços pela casa...
Durante 4 noites repeti este gesto de fumar descalça antes de adormecer,
observando a cidade a inquietar-se lentamente.
Sinto um deleite imenso nestes pormenores, nestes imponderáveis que praticamos quando estamos sós.
Só nós
e a consciência.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Rented Rooms
A única "Casa Térrea" que possuo
é a minha identidade (mesmo que duvidosa),
tudo o resto
é alugado.
é a minha identidade (mesmo que duvidosa),
tudo o resto
é alugado.
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
terça-feira, 9 de agosto de 2011
FotografArte
Foi apenas num instante de olhar que te "fotografei"
e desse primeiro instante
guardo a história
de não ter história nenhuma.
e desse primeiro instante
guardo a história
de não ter história nenhuma.
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
domingo, 7 de agosto de 2011
Depois da noite
Depois da curva, a noite;
depois da noite, o instante.
Vejo-a demoradamente e detenho-me nela.
A olhar pelo simples prazer de olhar.
A noite cercada por dentro;
a noite com as luzes apagadas;
a noite a acontecer sem marcas, sem a pulsação dos ruídos.
A noite fechada num arrepio que me arrasta para todas as palavras juntas,
como se não quisessem ser nada
e recusassem fazer parte
de toda e qualquer ordem.
depois da noite, o instante.
Vejo-a demoradamente e detenho-me nela.
A olhar pelo simples prazer de olhar.
A noite cercada por dentro;
a noite com as luzes apagadas;
a noite a acontecer sem marcas, sem a pulsação dos ruídos.
A noite fechada num arrepio que me arrasta para todas as palavras juntas,
como se não quisessem ser nada
e recusassem fazer parte
de toda e qualquer ordem.
sábado, 6 de agosto de 2011
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
A cobiça é algo que...
Ontem percebi,
curiosamente,
que a alegria também pode ser - para muitos,
verdadeiramente insuportável.
curiosamente,
que a alegria também pode ser - para muitos,
verdadeiramente insuportável.
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Cegueira dos afectos
Sempre me questionei sobre a cegueira dos afectos
mesmo quando numa presença ausente;
porque sempre gostei de forma diferente
mas nenhuma cegueira
me foi indiferente.
mesmo quando numa presença ausente;
porque sempre gostei de forma diferente
mas nenhuma cegueira
me foi indiferente.
terça-feira, 2 de agosto de 2011
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Não só mas também...
Por vezes,
sou apenas (ou também)
a Pessoa que se procura
quando os dias são mais difíceis de serem suportados.
sou apenas (ou também)
a Pessoa que se procura
quando os dias são mais difíceis de serem suportados.
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