Sempre senti que não cabia em mim de tão cheio mas ultimamente, nem sequer as horas cabem na curva dos dias e muito menos o sono cabe no colo da noite.
Há dias em que a excessividade perfura o sistema nervoso. As Pessoas que entram e saem, as palavras de corredor que se deixam a meio, a incessante teimosia do telemóvel que toca de dois em dois minutos. O respirar que se dá sem tempo do comum inspirar-expirar... o cansaço dos olhos que assentam no rosto de um corpo, onde não cabe mais nada.