sexta-feira, 30 de julho de 2010

La belle indiference

Há Pessoas que passam,
outras que estão
e ainda assim, não ficam.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Psico-análise

Os dias trazem-me quase sempre
Pessoas nuas de roupa vestida.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Pedras de uma outra calçada

As pedras no caminho existirão sempre
e ainda bem que assim o é,
de outra forma
não aprenderíamos a desviar-mo-nos delas.

terça-feira, 20 de julho de 2010

...

Soubesse eu ler a manhã...
para poder contar a tarde.

domingo, 18 de julho de 2010

Raridades

Sem adjectivos nem outras tantas palavras,
digo apenas que olhos que vêem mais do que olham
são raros.
Será provavelmente o que mais me fascina
mas igualmente o que mais me despe.

Será por isso um elogio a quem assim o faz,
porque as críticas digo-as
não as escrevo.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Simplesmente, simples

A água vai enchendo a pele de sensações,
escorre pelo corpo, cai no chão, leva com ela o quotidiano deixando o cansaço...
leva o tempo dos jardins interligados que percorro à procura de... árvores,
a quem abraço e conto segredos.

Em tudo procuro o pormenor,
o mais marginal possível,
aquele que o convencionalismo bane,
o insólito, o simplesmente simples.
Em tudo procuro o toque
e não me interessa se saio derrotada
desde que por um segundo o tenha conquistado,
não a ti
mas a ele,
o gesto tocado ao pormenor.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Walking morning













As silhuetas levam nas pálpebras
o rosto da manhã.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Just words

Os dias estão por aí.
Têm trazido imensa coisa e levado outras.
Nem sempre mostramos ao instante a forma como nos vestimos, muito menos a forma como nos despimos.

É-me difícil não ser pormenor, olhar, toque.
É-me difícil ser óbvia.
É-me difícil ser estanque.
É-me difícil confiar. Em quem quer que seja.

É-me difícil dizer determinadas palavras,
talvez porque me esqueci da forma como se dizem.

É-me difícil ser uma outra,
quando só sei ser eu mesma.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

domingo, 4 de julho de 2010

Hoje Eu

Tomei conta deste dia para mergulhar em mim,
dar descanso à voz, que lá fora, puxa a conversa.
Fiquei em casa,
aninhada no magestoso albúm que já não ouvia faz tempo.
Tomei conta deste dia
e soube bem,
o cuidar de algo
e não de alguém.