Outono. Novembro.
Mês da saudade com datas formalmente consagradas.
É noite e escrevo.
Dizem por aí, que a escrita é a fixação gráfica do pensamento, da palavra, forma de linguagem silenciosa, arma imbatível da memória contra o esquecimento.
Não exige a presença dos participantes - estabelece a distância entre quem escreve e quem lê.
É noite e escrevo,
como alguém escreveu um dia aquilo que leio.
A noite foi de reencontro com rostos familiares, fotografias, textos antigos, presenças ausentes.
Sinuoso, o pensamento enrosca-se no passado presente da escrita e nas entrelinhas do texto, cresce o desejo de anulação do tempo e da distância, do regresso à memória, ao convívio dos ausentes.
É noite e escrevo.
Talvez seja do nevoeiro que veste a noite - antes isso do que saudade! porque mais fácil de passar.
(...)
É de dia e ainda escrevo.
Afinal,
não era o nevoeiro.
domingo, 15 de novembro de 2009
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